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Síria/Violência

Sírios convocam manifestação contra "protocolo da morte"

Militantes sírios pró-democracia organizam uma manifestação nesta sexta-feira, no dia seguinte à chegada da delegação da Liga Árabe responsável por preparar a visita de observadores internacionais a partir de domingo. ONG americana chama de "curiosa" a nomeação de um general sudanês, suspeito de envolvimento em genocídio, como chefe do grupo de observadores.

Funeral de manifestantes mortos em repressão do regime sírio.
Funeral de manifestantes mortos em repressão do regime sírio. Reuters
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Os manifestantes denunciam uma manobra do regime de Bachal al-Assad ao assinar um plano da Liga Árabe autorizando o envio de observadores internacionais ao país. Segundo os manifestantes, o ditador quis com isso tirar a atenção de outros termos mais importantes previstos na proposta árabe.

Nesta quinta-feira, em mais um dia violento em que 21 pessoas foram mortas, entre elas 14 civis, a delegação dirigida por Samir Seif al-Yazal, alto responsável da Liga Árabe, desembarcou em Damasco. O grupo vai preparar a chegada de dezenas de observadores internacionais no domingo.

Os especialistas civis e militares vão pessoalmente analisar a situação na Síria, onde mais de cinco mil pessoas morreram vítimas da repressão do governo. Eles poderão visitar prisões, delegacias e hospitais. O objetivo dos observadores é garantir o fim de todos os atos de violência contra a população, a libertação dos presos detidos por conta da crise atual e a permissão de entrada de jornalistas estrangeiros.

Denúncia de ONG

A ONG americana Enough Project alertou nesta quinta-feira que o chefe da missão de observadores, o general sudanês Mohammed Ahmed Moustapha al-Dabi, era conselheiro do ex-presidente do Sudão Omar el-Béchir, acusado na Justiça Internacional pelo genocídio em Darfur. A organização chama de “curiosa” a indicação de um militar que atuou no governo sudanês quando houve os crimes de guerra.

“Em vez de dirigir uma equipe que deve analisar as alegações de crimes de guerra e contra a humanidade na Síria, o general deveria ser investigado pela Corte Penal Internacional por crimes similares no Sudão”, diz o comunicado da ONG.

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