Incêndios causados por onda de calor deixam desaparecidos no sul da Austrália

Vários moradores da ilha da Tasmânia, no sudeste da Austrália, estão desaparecidos após uma onda de calor excepcional ter provocado incêndios na mata típica da região. As chamas destruíram dezenas de casas. A localidade mais afetada é a vila de pescadores de Dunalley, onde os habitantes tiveram de se jogar na água para fugir do fogo.

No vilarejo de pescadores de Dunalley, na Tasmânia, dezenas de casas foram reduzidas a cinzas. REUTERS/Chris Kidd

Desde sexta-feira, a Tasmânia registra temperaturas superiores a 40 graus Celsius, um fenômeno raro num local que normalmente tem um clima mais fresco do que o restante da Austrália. Essa onda de calor é considerada sem precedentes pelos especialistas, atingindo quatro-quintos do território australiano.

A polícia australiana busca pessoas desaparecidas nas aglomerações de Dunalley e Boomer Bay, 55 km a leste de Hobart, numa tentativa de localizar moradores que podem ter buscado abrigo na casa de amigos e parentes. Em Dunalley, 70 casas foram consumidas pelas chamas e mais de 3 mil habitantes fugiram do vilarejo às pressas.

O chefe da polícia da Tasmânia, Scott Tilyard, disse que até domingo nenhum corpo foi encontrado nas casas incendiadas, mas ele não exclui mortes provocadas pelos incêndios violentos.

A primeira-ministra da Austrália, Julia Gillard, faz visita à região nesta segunda-feira para avaliar os estragos. O Corpo de Bombeiros informou que a onda de calor, com temperaturas de até 42 graus Celsius, vai durar vários dias.

A rainha Elizabeth 2ª, chefe de Estado dessa ex-colônia britânica, transmitiu uma mensagem de solidariedade às vítimas do fogo.