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Coreia do Norte/internet

Presidente da Google pede à Coreia do Norte sair do isolamento virtual

O presidente do Google, Eric Schmidt, relatou que durante sua estadia em Pyongyang pediu ao governo comunista norte-coreano que rompa o isolamento forçado da Coreia do Norte, liberando o acesso à internet à população. "Caso contrário o país continuará condenado ao subdesenvolvimento”, disse ele. As declarações foram feitas em Pequim, após uma polêmica visita feita ao país junto com o ex-diplomata americano Bill Richardson.

Visita do presidente da Google, Eric Schmidt , à Coreia do Norte.
Visita do presidente da Google, Eric Schmidt , à Coreia do Norte. REUTERS/Petar Kujundzic
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“Enquanto o planeta se torna cada vez mais conectado, a decisão (dos norte-coreanos) de continuar virtualmente isolados só vai comprometer seu universo, seu crescimento econômico, etc”, declarou Schmidt. “A decisão ( de se abrir para o mundo virtual) é deles e, do meu ponto de vista, está na hora deles se lançarem senão ficarão ultrapassados”, comentou.

Segundo especialistas, os 24 milhões de norte-coreanos têm apenas à disposição um rede intranet , lançada em 2002, e uma de telefonia celular introduzida em 2008 mas com os aparelhos vigiados.

Os norte-coreanos são bombardeados 24h pela propaganda oficial e vivem praticamente isolados do resto do mundo. O acesso à informação não oficial é quase impossível e duramente sancionado.

“ Nós encorajamos o governo norte-coreano a desenvolver o uso da internet”, afirmou o ex-embaixador dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Bill Richardson. O ex-diplomata é conhecido na Coréia do Norte e negociou nos últimos anos a liberação de vários americanos detidos pelo regime comunista.

Richardson também confirmou ter evocado com as autoridades norte-coreanas o caso do americano de origem coreana, Kenneth Bae, detido há vários meses no país. “Fomos informados de que seu estado de saúde é bom e o procedimento judiciário vai começar em breve. É encorajador”, disse.

Sem mandato do governo americano, o ex-diplomata disse ter aproveitado sua visita de “caráter humanitário” para falar de política. O Departamento de Estado criticou com reservas a iniciativa, considerando que a visita de Richardson não foi feita dentro de um contexto considerado “construtivo”.

 

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