Dissidência de grupo terrorista pede solução pacífica no Mali
Integrantes do Ansar Dine, que é um dos três grupos radicais islâmicos que atuam no norte do Mali, decidiram criar um movimento dissidente. O novo grupo recebeu o nome de Movimento Islâmico do Azawad (MIA). Dirigido por Algabas Ag Intalla, um importante líder da região, o movimento pediu nesta quinta-feira, 14º dia da intervenção francesa no país, uma solução pacífica no Mali.
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Em comunicado divulgado nesta quinta-feira, o movimento dissidente afirma que se desvincula completamente não somente do Ansar Dine, mas do terrorismo. Além disso, condena qualquer forma de extremismo e se diz disposto a combater os grupos terroristas.
O grupo diz ser formado exclusivamente de malineses, afirma ser independente e propõe uma solução negociada e pacífica para a crise no Mali. O Movimento Islâmico do Azawad garante ocupar a região de Kidal, a 1.500 quilômetros a nordeste da capital Bamako. Ele pede o fim dos ataques dos exércitos francês e malinês nessa região para iniciar o diálogo.
As regiões controladas pelos dois outros grupos que ocupam o norte do Mali, o Aqmi (braço da Al Qaeda na África) e o Mujao, não foram citadas no comunicado.
Há 14 dias, a França intervém militarmente no Mali para ajudar o exército malinês a combater os grupos islâmicos que ocupam o norte do país. O anúncio do grupo dissidente acontece no momento em que ONGs de direitos humanos denunciam saques, intimidações e "execuções sumárias" cometidos por soldados malineses.
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