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Índia/festividades

Na Índia, cerca de 20 fiéis morrem durante maior festa religiosa do mundo

Cerca de 20 pessoas morreram em Allahabad, no norte da Índia, neste domingo, durante um tumulto provocado após queda de uma passarela em uma estação ferroviária. A tragédia acontece durante as festividades do Maha Kumbh Mela, a maior peregrinação religiosa do mundo, que acontece a cada 12 anos. Milhões de fiéis hindus estão na cidade para um banho no rio Ganges.

Sadhus, ou hindus sagrados, fazem fila para o segundo "Shahi Snan" (grande banho) durante o festival Kumbh Mela, no norte da Índia.
Sadhus, ou hindus sagrados, fazem fila para o segundo "Shahi Snan" (grande banho) durante o festival Kumbh Mela, no norte da Índia. REUTERS/Adnan Abidi
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Na manhã deste domingo, mais de 40 milhões de pessoas estavam em Allahabad, cuja população é de 1,2 milhões de pessoas. É o segundo banho da festividade, que começou no dia 14/01 e dura 55 dias. Os peregrinos entraram nas águas antes do amanhecer, conduzidos por gurus com o corpo coberto de cinzas, para realizar um banho que, segundo a crença, purifica os pecados.

A maioria dos fiéis mergulha a cabeça na água. Outros bebem um pouco ou enchem um vidro para levar para casa. Milhares de policiais e de voluntários encarregados de controlar a multidão pediam aos peregrinos que se banhassem rapidamente na água gelada para dar lugar aos seguintes.

O "Maha Kumbh Mela", que começou no dia 14 de janeiro e termina no início de março, é celebrado a cada 12 anos e reúne ao longo de seus 55 dias cem milhões de hindus. Os banhos acontecem na confluência de três rios sagrados: Ganges, Yammuna e Saraswati. Os peregrinos acreditam que o banho nessas águas limpa os pecados e os liberta do ciclo das reencarnações.

A festa tem sua origem na mitologia hindu, que conta que algumas gotas do néctar da imortalidade caíram em quatro cidades que acolhem a celebração: Allahabad, Nasik, Ujjain e Haridwar.

Apesar de sua importância nos ritos do hinduísmo, o Ganges sofre uma poluição endêmica derivada da indústria e da implantação de milhões de pessoas em suas margens, que transformam suas águas claras que nascem no Himalaia numa corrente cheia de detritos.
 

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