Abiy Ahmed afirma queTropas eritreias vão retirar-se de região do Tigray
Segundo o Primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, os militares eritreus vão retirar-se do Tigray, onde tinham penetrado após o início do conflito, em Novembro de 2020, nessa região do norte da Etíopa. Durante vários meses, tanto as autoridades de Adis Abeba como as de Asmara, negaram a presença de tropas eritreias no Tigray.
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A participação de tropas eritreias no conflito que colocou frente à frente as forças federais etíopes e os partidários da Frente Popular de Libertação do Tigray, já tinha sido relatada por habitantes, organizações humanitárias, diplomatas e até mesmo alguns dirigentes e militares etíopes.
Militares eritreus, assim como etíopes chegaram a ser acusados de saques e violações.
No dia 23 de Março, o Primeiro-ministro da Etiópia,Abiy Ahmed, reconheceu pela primeira vez, diante do Parlamento,que tropas eritreias encontravam-se no território doTigray.
Depois do seu encontro, na quinta-feira, em Asmara, com o presidente eritreu Issaias Afeworki, durante o qual este último aceitou retirar os militares da citada região do norte da Etiópia, Abiy Ahmed, anunciou na sexta-feira, através de um comunicado, que as forças eritreias vão retirar-se do Tigray.
Ahmed alegou que os disparos de foguetes, pela Frente Popular de Libertação do Tigray, contra Asmara, na fase inicial da ofensiva das tropas etíopes,a partir de 4 de Novembro de 2020, levaram o governo eritreu a enviar tropas para a região, de forma a prevenir os ataques e salvaguardar a segurança nacional.
O embaixador eritreu no Japão, Estifanos Afeworki, confirmou por intermédio das redes sociais, que a partir de 26 de Março as forças do seu país vão restituir as suas congéneres etíopes todas as posições abandonadas pelas tropas federais da Etiópia, no início da guerra contra a Frente Popular de Libertação do Tigray.
As organizações de direitos humanos, Amnistia Internacional e Human Rights Watch acusaram as tropas eritreias de terem levado a cabo, no final de Novembro de 2020, um massacre na cidade de Aksoum, durante o qual morreram várias centenas de cidadãos tigres.
Situação no Tigray: tropas eritreias retiram-se
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