Exército ugandês autorizado a lutar contra rebeldes em Congo Democrático

As autoridades da República Democrática do Congo autorizaram o  exército do vizinho Uganda a  lutar  contra o  grupo  rebelde armado, Forças Democráticas  Aliadas, (ADF na sigla inglesa), nas  regiões do  Ituri  e do Norte Kivu. Segundo a RFI, o  governo de  Kinshasa  deu  autorização para que as forças armadas ugandesas possam entrar no território  congolês. O pedido foi formulado  pelo  Presidente Yoweri Museveni e  aprovado  pelo seu  homólogo congolês  Félix Tshisekedi.  

O Presidente da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi aprovou a 26 de Novem bro de 2021 a entrada do Exército do Uganda nas regiões do Ituri e do Norte Kivu, para lutar contra os rebeldes armados das chamadas Forças Aliadas Democráticas, que têm atacado civis e militares congoleses. © Ikulu ya Kinshasa DRC

Segundo  informações  recolhidas pela  RFI, o  objectivo da  actuação das forças ugandesas em  território do Congo Democrátioco  é,  nomeadamente,   repelir  as   chamadas  Forças  Aliadas Democráticas (ADF), grupo  armado que  tem efectuado ataques nas regiões de Ituri  e do Norte Kivu, no  leste congolês.

O pedido de intervenção ugandês, foi  aceite pelo Presidente Félix Tshisekedi, mas à luz das complexas relações recentes  entre os dois países dos  Grandes Lagos, o  mesmo ainda não foi  oficialmente  anunciado  pelos  dois  chefes  de Estado  africanos.

De  acordo  com  fontes  da ONU, na  RDC,  a decisão do  Presidente Tshisekedi, de  aceitar a  proposta de Museveni,foi  tomada a  26  de  Novembro   de 2021.  

As citadas fontes  foram  informadas  sobre a  intenção  de Tshisekedi, de  permitir a  entrada das Forças Populares de Defesa Ugandesas( UPDF), exército do Uganda,  nas   províncias do Norte Kivu e do  Ituri, com o  objectivo  de   perseguir  os  rebeldes armados  das  ADF.

Nos últimos anos, o referido grupo rebelde tem levado a cabo ataques frequentes contra as populações civis , assim como ao exército da República Democrática  o Congo.

As  autoridades  ugandesas  acusaram, no  dia 16  de Novembro  de 2021, as  autodenominadas Forças Aliadas Democráticas  de  serem as responsáveis  por  dois atentados em  Kampala.  

Há vários  anos  que o Presidente Yoweri Museveni tenta obter a aprovação da RDC, de forma a poder  intervir  contra os rebeldes, porque em pano de fundo da operação  existem  interesses económicos.

Em  Maio  de 2021,  um  consórcio  de  empresas  ugandesas foi  indigitado para  levar a cabo  a construção  de  várias  estradas  destinadas a  ligar  o Uganda e  a República Democrática do Congo.