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África do Sul

Sul-africanos mobilizam-se para velar Desmond Tutu

Os sul africanos velam, pelo último dia, Desmond Tutu. O povo tem afluído em massa à catedral de São Jorge do Cabo, onde o arcebispo da África do Sul está em câmara ardente.

O arcebispo Desmond Tutu.
O arcebispo Desmond Tutu. REUTERS - Mike Hutchings
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Para o professor André Thomas Hausen, Desmond foi "o último dos heróis africanos", lado a lado com Nelson Mandela. 

Thomas Hausen diz que, de resto, em África, sobram "ditadores", o que considera ser uma "tragédia" para o continente.

"Podemos observar que África tem uma falta terrível de heróis. Não há heróis africanos. Houve o Nelson Mandela, e depois o bispo Tutu. De resto, só nos vêm as piores notícias de ditadores, de gente que mata milhares de pessoas, de gente que abandona o povo à fome. 

Portanto, é natural que hája uma mobilização à volta da memóriado bispo Tutu, principalmente por ter sido uma pessoa de uma integridade total. Ninguém o pode acusar de se ter aproveitado a nível pessoal da sua vida ou da sua posição.

Fez a sua vida de padre, de bispo e depois de arcebispo da Igreja Anglicana. E, depois do fim do apartheid, assumiu aquele papel importantíssimo de ser o padre que ouvia as confissões de todos aqueles que tinham ... percebido que erraram ou que tinham feito mal. E conduziu isso em público. Todos, todos vieram como se fosse uma confissão tradicional da igreja, salvo a famosa segunda esposa, depois divorciada, de Nelson Mandela, Winnie Mandela, que se apresentoua Tutu, teimosa, orgulhosa, cheia decrancor, levando o bispo Tutu às lágrimas em público, o que é um momento inesquecível", afirmou o professor universitário André Thomas Housen.

Oiça aqui as declarações de André Thomas Hausen à RFI:

01:08

O advogado e activista José Nascimento.

O funeral de Desmond Tutu está marcadao para este sábado, 1 de janeiro de 2022, na catedral de São Jorge do cabo.

O Arcebispo sul africano, e nobel da paz, terá um funeral com honras de Estado, e contará com a presença de muitas individualidades mundiais.

Dalai Lama fez já saber que quer estar presente, como disse à RFI o advogado e activista dos direitos humanos na África do Sul, José Nascimento.

"Vai ser um funeral com todas as honras de Estado. vai ser televisionado na África do Sul e em todos os outros países do mundo. Muitos dirigentes e líderes estatatis estarão presentes. Por exemplo, Dalai Lama quer estar presente, e outros prémio nobel estarão também presentes no seu funeral. Dirigentes americanos, europeus, vai muita gente de todo o mundo ao funeral de Desmond Tutu.

É um homem que merece todo o nosso respeito. É um homem que lutou contra a opressão do apartheid. E, quando o país se tornou num regime democrático, não procurou a vingança. Foi o coordenador da Comissão para a Verdade e a Reconciliação. Ele queria que a comissão fosse uma oportunidade para criar o que ele chamou a 'nação arco-íris', com todos os grupos e sectores inseridos nesta nação de cores diferentes, de credos diferentes, como é o arco-íris", adiantou o advogado e activista dos direitos humanos, José Nascimento.

Oiça aqui as declarações do advogado e activista dos direitos humanos, José Nascimento na África do Sul à RFI:

01:08

O advogado e activista José Nascimento.

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