Acesso ao principal conteúdo
#Burkina Faso/Blaise Campaoré

Antigo Presidente Blaise Compaoré no Burkina Faso após oito anos de exílio

O antigo Presidente do Burkina Faso, Blaise Campaoré, regressou ao país, esta quinta-feira, pela primeira vez desde que foi deposto em 2014. Oficialmente, trata-se de uma estada de alguns dias para um encontro entre antigos chefes de Estado para reunir esforços contra os ataques jihadistas. A oposição pede a detenção de Blaise Campaoré, que foi condenado, à revelia, a prisão perpétua pelo seu papel no assassínio do seu antecessor Thomas Sankara.

O antigo Presidente do Burkina Faso, Blaise Campaoré, derrubado em 2014.
O antigo Presidente do Burkina Faso, Blaise Campaoré, derrubado em 2014. AFP FOTO/ FABRICE COFFRINI
Publicidade

É a primeira vez, após oito anos de exílio, que o antigo Presidente do Burkina Faso, Blaise Campaoré, regressa a casa. Oficialmente, é uma estada de alguns dias para uma reunião, esta sexta-feira, entre antigos chefes de Estado, em nome da “reconciliação nacional”. O objectivo é juntar esforços para travar os ataques jihadistas que se intensificaram nos últimos meses.

Esse encontro é organizado pelo novo líder do país, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba, autor do golpe de Estado de Janeiro que depôs o Presidente Roch Marc Christian Kaboré. Ora, Kaboré e todos os antigos chefes de Estado ainda vivos, como Blaise Compaoré, Jean-Baptiste Ouedraogo, Isaac Zida e Michel Kafando foram convidados a participar na dita reunião para “acelerar a reconciliação nacional”.

Agora que está no país, a oposição pede a detenção de Blaise Campaoré, que, a 6 de Abril deste ano, foi condenado, à revelia, a prisão perpétua pelo seu papel no assassínio de Thomas Sankara no golpe que o levou ao poder em 1987.

Um dos advogados da família Sankara, Bénéwende Stanislas Sankara, disse que seria uma grosseira negligência se Campaoré não for preso e que isso significaria que o país não respeita a lei.

Também a rede internacional “Justice pour Sankara, Justice pour l'Afrique” considerou que “o poder oriundo de um golpe militar, cuja legitimidade está fragilizada, mostra assim claramente o seu desprezo pela justiça do seu país”.

Na quarta-feira, porém, a Presidência indicou que a reunião dos antigos presidentes “é importante para a vida da Nação” mas “não impede as acções judiciais iniciadas contra alguns” antigos chefes de Estado.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe toda a actualidade internacional fazendo download da aplicação RFI

Partilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual pretende aceder não existe ou já não está disponível.