Exército maliano refere ter repelido um ataque "terrorista" às portas de Bamako
As forças de defesa malianas deram conta hoje de um ataque que atribuíram a "terroristas" na base militar de Kati, localidade situada a apenas 15 quilómetros da capital, Bamako. Este ataque que causou pelo menos um morto, é o primeiro desde 2012 a registar-se tão perto do centro do poder no Mali.
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"As forças armadas malianas acabam de repelir novas tentativas desesperadas de ataque dos terroristas da Katiba Macina", grupo ligado à Al Qaeda, que "esta manhã cedo, por volta das 5H00, tentou acções Kamikazes com veículos armadilhados cheios de explosivos contra uma instalação do exército", foi que declarou em comunicado o Estado-Maior das Forças Armadas do Mali dando ainda conta de um balanço provisório de um militar morto, seis feridos entre os quais um civil, 7 assaltantes "neutralizados", 8 detidos e muito material apreendido.
Numa informação posterior, o exército maliano refere ainda ter "a situação controlada" e estar actualmente a efectuar buscas para encontrar os autores do ataque bem como os seus cúmplices.
A base de Kati, onde residem o Presidente de transição, Assimi Goïta, bem como o seu Ministro da Defesa, é também o lugar onde ficam presas as personalidades detidas quando se dão golpes de força. Nunca, até ao momento, esta base situada a escassos 15 quilómetros da capital tinha sido alvo de ataque.
Isto acontece apenas um dia depois de uma série de ofensivas quase simultâneas atribuídas a jihadistas em seis pontos distintos no país, na zona de de Koulikoro perto de Bamako, assim como em Ségou e Mopti no centro do Mali.
Este ataque acontece igualmente num contexto em que o Mali acaba recentemente de se desligar do G5, grupo de países da região que combatem o terrorismo, e em que também acaba de romper os acordos de defesa com a França e a União Europeia.
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