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Sahel

Macron anunciou uma redefinição da presença francesa do Sahel

Ainda em véspera da celebração oficial hoje da festa nacional do 14 de Julho, o Presidente francês fez ontem o seu tradicional discurso dirigido às forças armadas. Macron anunciou um aumento do orçamento do exército e uma redefinição da presença militar francesa no Sahel, numa altura em que as forças francesas estão prestes a terminar a retirada dos seus cerca de 2.500 homens do Mali, pais cuja junta militar no poder desde 2020 rejeita a presença dos militares franceses.

O Presidente francês Emmanuel Macron juntamente com o seu Ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, durante o seu tradicional discurso às Forças Armadas ontem, dia 13 de Julho de 2022, em Paris.
O Presidente francês Emmanuel Macron juntamente com o seu Ministro da Defesa, Sébastien Lecornu, durante o seu tradicional discurso às Forças Armadas ontem, dia 13 de Julho de 2022, em Paris. AP - Thomas Padilla
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No seu tradicional discurso às forças armadas ontem no final do dia, o presidente francês anunciou uma reavaliação até ao final do ano do orçamento do exército no horizonte 2030, à luz das necessidades que surgiram com a guerra na Ucrânia. O envelope das forças armadas em constante crescimento desde que Macron chegou ao poder em 2017, poderia chegar aos 44 mil milhões de Euros em 2023.

Relativamente às missões que mais têm mobilizado as forças francesas nos últimos anos, nomeadamente a sua presença no Sahel, Emmanuel Macron qualificou de "necessidade estratégica" a adopção de "dispositivos menos expostos" naquela região do globo, numa altura em que o seu país deve terminar dentro de algumas semanas a retirada dos cerca de 2.500 homens do Mali, onde já não são bem-vindos.

Macron disse pretender "reconstruir uma capacidade de formar em França e no terreno", permanecendo em segunda linha, mas sem abandonar a luta antijihadista no Sahel.

De acordo com informações oficiais, o novo dispositivo francês deveria centrar-se no Níger com cerca de 1.000 homens e meios aéreos, sendo que 300 a 400 desses militares deveriam ser destacados para as zonas fronteiriças com o Mali e o Burkina Faso. Outros 700 a 1.000 homens deveriam paralelamente ficar baseados no Chade e um número não especificado de militares vão continuar activos noutras operações na região.

Para abordar precisamente esta questão, são esperados amanhã no Níger o ministro da defesa Sébastien Lecornu e a chefe da diplomacia francesa Catherine Colonna, sendo que ainda ontem tanto o Presidente do Níger como o seu homólogo do Chade prometeram tudo fazer para revitalizar a força antijihadista regional do G5, apesar do Mali ter recentemente anunciado a sua retirada dessa coligação.

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