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França/Benim

Cultura e Defesa na ementa da visita de Macron ao Benim

O Presidente francês continua a sua digressão encetada em 3 países africanos. Depois de ontem ter estado nos Camarões onde denunciou o que qualificou de "hipocrisia" do continente africano que a seu ver não condenou claramente a invasão da Ucrânia pela Rússia, Macron encontra-se hoje no Benim, penúltima etapa da sua deslocação que termina amanhã na Guiné-Bissau, país que acaba de assumir a presidência rotativa da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental - CEDEAO.

Patrice Talon e Emmanuel Macron em Novembro de 2021.
Patrice Talon e Emmanuel Macron em Novembro de 2021. © AFP/Ludovic Marin
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Antes de seguir viagem ainda hoje para a Guiné-Bissau naquela que vai ser a primeira visita jamais efectuada por um Presidente francês àquele país, Emmanuel Macron encontra-se actualmente no Benim onde o essencial dos contactos gira à volta da cultura e de questões de defesa.

Relativamente a este último aspecto na ementa das discussões esta manhã entre Macron e o seu homólogo Patrice Talon, trata-se do tipo de apoio que a França pode fornecer ao Benim onde têm aumentado nestes últimos meses incursões esporádicas de grupos terroristas.

Em Maio, as autoridades do Benim deram conta de quase vinte ataques de grupos armados desde o final de 2021. Uma situação perante a qual a França se afirma disposta a ajudar o Benim em termos de apoio aéreo, inteligência e equipamento, bem como no domínio da formação, ainda que Paris já esteja envolvida na formação de militares beninenses no norte do país.

Relativamente à cultura que está no centro da agenda presidencial com uma visita esta tarde da exposição reunindo 26 obras de arte antiga restituídas ao Benim pela França no passado mês de Novembro, a França que está empenhada há quase quatro anos numa política de cooperação com o Benim no domínio dos museus, poderia dar mais um passo neste aspecto.

Entretanto, a agenda de Macron não prevê nenhum encontro com membros da oposição que antes mesmo desta deslocação davam conta das suas expectativas sobre uma eventual menção à questão dos Direitos Humanos. Também aqui em França, um conjunto de 75 deputados de esquerda teceram ontem um alerta sobre o que qualificam de "derivas autoritárias" do regime beninense, designadamente sobre o tratamento reservado a opositores como a antiga ministra da justiça Reckya Madougou, detida e condenada no passado mês de Dezembro a 20 anos de prisão sob a acusação de "terrorismo", depois de ter sido impedida de participar na corrida às presidenciais de 2021.

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