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Angola

Angola: Sindicato dos Jornalistas exige explicações à polícia sobre detenções

As organizações juvenis angolanas condenaram a repressão policial contra estudantes durante a manifestação deste sábado, 8 de Outubro. Os estudantes contestavam a proibição do uso de cabelo comprido e crespo nas escolas.

Cartazes de propaganda políticapara as eleições de 24 de agosto nas ruas de Luanda, Angola, 10 de agosto de 2022.
Cartazes de propaganda políticapara as eleições de 24 de agosto nas ruas de Luanda, Angola, 10 de agosto de 2022. LUSA - AMPE ROGÉRIO
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A manifestação não autorizada pelo governo Provincial de Luanda foi reprimida e foram detidos 14 estudantes e o jornalista Borracho Ndomba, correspondente da Deutsche Welle da Alemanha. Segundo fontes policiais, os detidos entre os quais quatro adolescentes foram posteriormente libertados.

A manifestação foi organizada pelo movimento de estudantes e pro-africanistas contra as escolas que proíbem, nos seus regulamentos internos, o uso de cabelo comprido ou crespo, violando a Constituição Angolana e a Lei de Bases da Educação.

Os estudantes exigem do Ministério da Educação a uniformização dos regulamentos das escolas para impedir excessos administrativos.

O Sindicato dos Jornalistas Angolanos (SJA) exige da Polícia Nacional (PN) explicações sobre detenções sucessivas de jornalistas no exercício da profissão, depois de ter sido preso o correspondente da Deutsche Welle, Borralho Ndomba, quando cobria a manifestação de estudantes contra a proibição do uso de cabelos compridos em várias escolas, em Luanda

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Francisco Teixeira Cândido, condena uma situação inconcebível que "não pode decorrer num Estado democrático". "Exigimos explicações sobre as sucessivas detenções de jornalistas que têm estado a fazer a cobertura a manifestações. Em Agosto deste ano tivemos duas detenções, situações que não são possíveis num estado democrático", acrescenta.

"O silêncio da Polícia Nacional traduz, para nós, uma ordem para que os agentes da polícia possam deter; obstruir o exercício da actividade profissional. É natural que esta postura limite a postura e limite disponibilidade de jornalistas fazerem cobertura de manifestações", aponta Francisco Teixeira Cândido.

No passado, a polícia nacional nunca deu resposta ao pedido do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, que espera perceber por que motivo "do comportamento dos agentes da polícia nacional. Estamos expectantes quanto a uma resposta", afirma o presidente do sindicato.

03:00

Presidente do Sindicato dos Jornalistas Angolanos, Francisco Teixeira Cândido

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