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Quénia/RDC

Quénia vai enviar tropas para a RDC para lutar contra grupo rebelde M23

O Quénia anunciou esta quarta-feira, o envio de soldados para a República Democrática do Congo. Objectivo é apoiar o exército congolês lidar com a ameaça do grupo de rebelião do M23 e outros grupos rebeldes no leste do país, em particular na região do Kivu Norte.

A 2 de Novembro, o Presidente queniano William Ruto anunciou que ia enviar um contingente para o leste da República Democrática do Congo.
A 2 de Novembro, o Presidente queniano William Ruto anunciou que ia enviar um contingente para o leste da República Democrática do Congo. © AP/Brian Inganga
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O Presidente queniano William Ruto passou em revista as tropas antes de proferir um discurso, no qual afirmou "como vizinhos, o destino da RDC está ligado ao nosso.”

A 20 de Outubro, o M23 entrou na ofensiva na região de Rutshuru e conseguiu controlar as estradas que conduzem a Goma, à cidade mais populosa do Kivu Norte .

Esta situação tem colocado ao rubro as tensões entre o Ruanda e a RDC e resultou na expulsão do embaixador ruandês de Kinshasa. Christophe Lutundula, Ministro dos Negócios Estrangeiros da RDC acusa o exército de Kigali de apoiar o grupo rebelde M23 :

"É o exército ruandês que vem socorrer o M23, um movimento que está a avançar com a etiqueta do M23. Neste momento, efectivamente, a situação no terreno é preocupante. Mas as forças armadas da RDC resistem e conseguiram bloquear as ofensivas do exército ruandês com o M23."

Uma decisão que não resolverá as tensões, segundo Alain Mukuralinda, porta-voz do governo ruandês que acusa a RDC de estar a fugir às suas responsabilidades em relação aos compromissos assumidos:

"Trata-se de estar-se a fugir das responsabilidades ! Decidimos ser necessário criar uma força armada conjunta. Quem é o primeiro responsável a implementar aquilo que foi decidido ? É o governo de Kinshasa ! O facto de colocar sempre o Ruanda como bode expiatório ajuda também a ignorar ou a procurar escapar a certas responsabilidades internas !"

De relembrar que o Conselho de Segurança das Nações Unidas já confirmou a implicação directa do Ruanda, nas ofensivas do M23 em território da RDC.

A ONU está presente no Kivu Norte há mais de 20 anos mas é acusada pela população de não ter qualquer efeito para a segurança dos habitantes da região. Na terça-feira, em Goma, uma coluna de soldados da paz da ONU foi atacado por dezenas de pessoas, deixando dois soldados da paz da ONU feridos.

As entrevistas sobre este dossier foram realizadas por Pierre Firtion.

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