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República Democrática do Congo

Retomam os combates entre M23 e o exército congolês

Os combates entre o grupo rebelde do M23 e os soldados congoleses retomaram esta quinta-feira, 1 de Dezembro, em Bambo, Kisheshe, cinco dias depois do início do cessar-fogo. As autoridades acusam o M23 de ter massacrado 50 civis, o grupo rebelde nega as acusações e pede a abertura de um inquérito independente. 

Retomam os comates entre M23 e o exército congolês.
Retomam os comates entre M23 e o exército congolês. © REUTERS - James Akena
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Num comunicado, o porta-voz das forças armadas da Republica Democrática do Congo, o general Sylvian Ekenge, acusou o M23 de ter massacrado 50 civis, em Bambo, Kisheshe, a 70 km de Goma, e de ter violado o cessar-fogo ao atacar posições do exército congolês. O M23 já veio desmentir as acusações, pedindo a abertura de inquérito independente.

O fim dos combates tinha sido acordado em Luanda, capital angolana, com os líderes políticos a instar os rebeldes a cessar as hostilidades, a partir do dia 25 de Novembro, acordo aceite pelas partes. Para além do fim dos combates, o documento exigia a retirada dos rebeldes do M23 das zonas ocupadas e a retoma do diálogo bilateral entre Kinshasa e Kigali. 

Ambos os lados, o movimento rebelde como os líderes africanos da Comunidade da África Oriental, ameaçaram igualmente fazer uso de força, caso o acordo não fosse respeitado.

Cinco dias após o início do cessar-fogo, os combates voltaram ao país e a perspectiva da chegada dos rebeldes está a levar a população a abandonar a região.

O grupo M23, antigo grupo rebelde tutsi, derrotado em 2013, voltou a pegar nas armas em 2021, acusando as autoridades de Kinshasa de não ter respeitado os compromissos de desmobilização e reintegração dos combatentes em organismos como o exército e a polícia.  

As autoridades congolesas acusam o Ruanda de apoiar o movimento rebelde, acusações confirmadas pelas Nações Unidas, mas que Kigali nega categoricamente.

Por sua vez, o Ruanda acusa Kinshasa de apoias as FDLR, rebeldes hútus ruandeses, que permanecem em território congolês desde o genocídio Tutsi em 1994. Acusações sem qualquer fundamente aos olhos da RDC.

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