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#Níger/França

Retirada das tropas francesas do Níger “começa esta semana”

A retirada das tropas francesas do Níger “começa esta semana”, avançou o ministério francês da Defesa, esta quinta-feira. O regresso de todos os militares deverá ficar concluído até ao final do ano.

Base aérea de Niamey. 14 de Maio de 2023.
Base aérea de Niamey. 14 de Maio de 2023. AFP - ALAIN JOCARD
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O ministério francês da Defesa anunciou, esta quinta-feira, que a retirada das tropas francesas do Níger começa esta semana. “A retirada dos militares e dos meios militares estacionados no Níger começa esta semana. Esta manobra deve permitir o regresso de todos os militares a França antes do final do ano”, pode ler-se no comunicado do ministério.

Também esta manhã, o Estado-Maior do Exército francês adiantou que a retirada ia ser lançada esta semana, “em ordem, em segurança e em coordenação com o Níger”.

 Entretanto, a junta militar no poder em Niamey garantiu, hoje, que a retirada vai acontecer de acordo com as suas condições. “O CNSP [Conselho Nacional para a Salvaguarda da Pátria – militares no poder] e o governo nigerino vão estar atentos a que a retirada se faça no respeito dos nossos interesses e de acordo com as nossas condições”, lê-se no comunicado publicado nas redes sociais.

O texto acrescenta que “os 400 soldados franceses estacionados em Ouallam [oeste] vão ser os primeiros a fazer as malas” e que “a base aérea de Niamey, onde estão estacionados a maioria dos militares franceses, será desmantelada até ao final do ano”.

No total, há 1.400 militares franceses no país: 1.000 estão na base aérea de Niamey e 400 em Ouallam e Ayorou. O Níger era, desde 2013, uma plataforma de trânsito para as operações antiterroristas no Mali e tornou-se no centro do dispositivo francês após a retirada forçada do Mali e do Burkina Faso, a partir do Verão de 2022.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou, a 24 de Setembro, o fim da cooperação militar com o Níger e a retirada das tropas, uma exigência das novas autoridades nigerinas na sequência do golpe de Estado de 26 de Julho. O Mali e o Burkina Faso, igualmente dirigidos por juntas militares depois de golpes de Estado, também pediram e obtiveram a retirada das tropas francesas.

Paris não reconhece as novas autoridades de Niamey, limitou a entrega de vistos aos nigerinos e pôs fim à cooperação com o país. O Níger é também alvo de sanções por parte da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

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