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Futebol

Costa do Marfim venceu o CAN 2024

A Costa do Marfim sagrou-se Campeã Africana, ao vencer na final a Nigéria por 2-1 no Estádio Olímpico de Ebimpé em Abidjan, a capital económica marfinense.

A Costa do Marfim venceu o CAN.
A Costa do Marfim venceu o CAN. © Pierre René-Worms / RFI
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Já é conhecido o vencedor da 34ª edição do Campeonato Africano das Nações de futebol: a Costa do Marfim.

Primeira parte: vantagem Nigéria

A selecção nigeriana, que tinha vencido na fase de grupos por 1-0 a Costa do Marfim, voltou a apostar no mesmo onze inicial para tentar repetir a história.

E foi quase o que aconteceu. Os marfinenses pressionaram nos primeiros minutos, tiveram as melhores oportunidades, mas não conseguiram abrir o marcador.

Quem marcou em primeiro foi a Nigéria. No primeiro remate à baliza, os nigerianos marcaram. Num canto, após um primeiro ressalto, foi a vez do capitão dos ‘Super Eagles’, William Troost-Ekong, cabecear para o fundo da baliza do guarda-redes marfinense, Yahia Fofana.

No intervalo, e contra as estatísticas, a Nigéria estava na frente.

William Troost-Ekong (centro), defesa nigeriano.
William Troost-Ekong (centro), defesa nigeriano. © AFP / ISSOUF SANOGO

Segunda parte: a reviravolta

Os marfinenses estiveram a perder frente ao Senegal nos oitavos, antes de vencer por 5-4 na marcação das grandes penalidades após o empate a uma bola, e também estiveram a perder perante o Mali nos quartos, antes de vencer por 2-1 no prolongamento. Isto significa que a equipa da casa nunca desiste.

É preciso também lembrar que os ‘Elefantes’ estiveram perto de serem eliminados na fase de grupos. Os marfinenses terminaram com três pontos no terceiro lugar no Grupo A, apurando-se para os oitavos devido ao facto que foram um dos quatro melhores terceiros em seis grupos. Na fase de grupos, a Costa do Marfim tinha perdido por 1-0 frente à Nigéria e por 4-0 perante  Guiné Equatorial.

Aliás, o percurso dos marfinenses foi caótico, visto que após a fase de grupos, o seleccionador francês Jean-Louis Gasset, deixou o cargo, substituído pelo adjunto martinense Emerse Faé. No entanto, a Federação Marfinense tentou obter o empréstimo de Hervé Renard, que tinha vencido o CAN em 2015 e que é actualmente o seleccionador da Selecção Feminina francesa de futebol, mas a França decidiu recusar essa proposta. Emerse Faé acabou por ser o obreiro deste ‘milagre’ como dizem os adeptos marfinenses.

Na segunda parte da final, para a qual os marfinenses apuraram-se ao derrotar a RDC por 1-0 com um golo de Sébastien Haller, a Costa do Marfim continuou a atacar até conseguir marcar.

A defesa nigeriana, com cinco elementos, cedeu uma primeira vez aos 62 minutos com um golo de cabeça de Franck Kessié, após um canto. Um golo muito semelhante ao tento apontado pelos nigerianos.

O encontro estava empatado a uma bola e a Nigéria, comandada pelo português José Peseiro, não conseguia sair do seu meio campo.

Sob a pressão, a defesa nigeriana vai sofrer um segundo tento apontado pelo avançado Sébastien Haller que colocou a bola no fundo da baliza de Stanley Nwabali.

Sébastien Haller acabou por ser o herói dos dois últimos encontros da Costa do Marfim.

Sébastien Haller (direita), avançado marfinense.
Sébastien Haller (direita), avançado marfinense. © AP / Themba Hadebe

Os ‘Elefantes’ venceram pela terceira vez a prova após 1992 e 2015, juntando-se à Nigéria que continuou com três troféus, no entanto os nigerianos já perderam cinco finais. 

Os marfinenses sucedem aos senegalesas que tinham vencido em 2022 o Egipto por 4-2 na marcação das grandes penalidades após o empate sem golos no fim do tempo regulamentar e do prolongamento. De notar que o Egipto era comandado, na altura, pelo português Carlos Queiroz, e que este ano a Nigéria foi dirigida pelo técnico luso José Peseiro, no entanto os dois treinadores lusófonos foram derrotados.

De referir ainda que a África do Sul terminou no terceiro lugar após ter derrotado a República Democrática do Congo por 6-5 na marcação das grandes penalidades, visto que as duas equipas empataram sem golos no fim do tempo regulamentar e do prolongamento.

Festejos dos marfinenses.
Festejos dos marfinenses. © Pierre René-Worms / RFI

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