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Direito/França

França: marcha branca por Mamoudou Barry

Várias centenas de pessoas participaram nesta sexta-feira,em Rouen, numa marcha branca, em homenagem a Mamoudou Barry, jovem docente-investigador conacri-guineense, assassinado no dia 19 de Julho, no decurso de uma agressão qualificada de racista pelos seus parentes e amigos.

Mamoudou Barry,docente-investigador agredido mortalmente no dia 19 de Julho em Rouen.
Mamoudou Barry,docente-investigador agredido mortalmente no dia 19 de Julho em Rouen. Fatou Barry
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Partidas da Faculdade de Direito de Rouen, no noroeste da França, acenando cartazes com a fotografia de Mamoudou Barry, bandeirolas da Guiné-Conacri e dísticos à memória do jovem docente morto, 1400 pessoas, segundo a polícia, efectuaram na sexta-feira uma marcha branca em homenagem a Barry.

Durante a marcha, na qual participaram a esposa e o irmão da vítima, assim como o eurodeputado do partido Europa-Ecologia-os Verdes David Cormand e dirigentes locais, entre eles o antigo presidente da região Haute-Normandie Nicolas Mayer-Rossignol, os manifestantes gritaram "abaixo o racismo" e "justiça para o Doutor Mamoudou Barry".

Carine Brière, directora de tese de Barry, afirmou durante a sua intervanção que a Universidade de Rouen nunca se esquecerá do Dr. Barry, um "homem de grande valor e de raciocínio, rigoroso e elegante".

O advogado da família de Mamoudou Barry, Jonas Haddad realçou que, a lucidez deve fazer-nos compreender, que as palavras pronunciadas pelo assassino de Barry antes de o agredir mortalmente, não deixam dúvidas sobre o carácter racista do crime.

Joël Alexandre, presidente da Universidade de Rouen-Normandie, leu uma mensagem do ministro do Ensino Superior Frédérique Vidal, sublinhando que a morte de Mamoudou Barry emocionou toda a comunidade universitária de França e que o racismo não tem lugar na Universidade.

Cerca de 300 cidadãos conacri-guineenses residentes na região parisiense, deslocaram-se também a Rouen para participar na marcha branca que terminou diante do Palácio de Justiça da cidade francesa.

Espancado até a morte do dia 19 de Julho por um francês de origem turca, que o insultou de preto de merda, Mamoudou Barry tinha 31 anos e era pai de uma criança de dois anos.

Barry tinha defendido no dia 27 de Junho a sua tese de direito sobre as Políticas fiscais e Aduaneiras em Matéria de investimentos Estrangeiros na África Francófona .

Em Conacri, capital da República da Guiné, uma centena de pessoas manifestaram também em frente da embaixada de França, para denunciar o assassínio de Mamoudou Barry.

Os manifestantes tinham consigo cartazes nos quais se lia, "abaixo o racismo, não à violência."

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