Moçambique: Afonso Dhlakama quer garantias para entrar em campanha

O líder da Renamo, Afonso Dhlakama, quer "sair das matas" e fazer pré-campanha com na mira as eleições gerais de 15 de Outubro, e para tal pede ao presidente Armando Guebuza que retire as tropas que o "cercam", na região da Gorongosa, no centro do país

Armando Guebuza (à direita) e Afonso Dhlakama (à esquerda) Reuters

Numa muito concorrida conferência de imprensa por via telefónica, ocorrida esta manhã (23/05) na sede da Renamo em Maputo, Afonso Dhlakama, presidente do principal partido da oposição, e candidato a presidente nas eleições de 15 de Outubro, manifestou a sua vontade de pôr termo à vida clandestina, e tal como os outros pré-candidatos entrar em campanha eleitoral.

"Todos os outros estão a fazer a pré-campanha, e eu ainda estou aqui nas matas" afirmou Dhlakama, que pediu garantias de segurança ao Presidente Armando Guebuza "uma das garantias é que o Guebuza mostrásse boa vontade, como eu tenho demonstrado, mandar retirar o exército, que veio aqui me cercar, para eu poder andar à vontade, porque não sou um ladrão dentro do meu país".

Recorde-se que desde Outubro do ano passado, e o ataque das Forças Armadas de Defesa de Moçambique contra à sua base em Satungira, Gorongosa, província de Sofala, no centro de Moçambique, Afonso Dhlakama está em paradeiro incerto, mas garantiu hoje estar de boa saúde e dentro do território nacional, onde foi visto em público pela última vez há cerca de duas semanas, quando se recenseou, no povoado de Nhadue, posto administrativo da Casa Bana, distrito da Gorongosa, onde aliás deverá votar dia 15 de Outubro, salvo alteração pontual da lei eleitoral, que pode ditar o "voto especial" em qualquer outro local do país..

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Orfeu Lisboa, correspondente em Maputo