Caso Cistac torna mais visíveis as fragilidades da polícia de Moçambique
Uma semana depois do assassinato em Maputo do constitucionalista franco-moçambicano Gilles Cistac, centenas de pessoas convergiram para a Universidade Eduardo Mondlane, na capital, onde o Cistac leccionava, para lhe prestar uma última homenagem antes do seu corpo ser trasladado para França na quinta-feira.
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A morte de Cistac que deve ser abordada durante os dois dias de visita de trabalho que o chefe da diplomacia moçambicana, Oldemiro Baloi, efectua a partir de amanhã em Paris, tem motivado críticas a nível interno quanto à actuação das autoridades.
A polícia moçambicana que indicou ainda hoje permanecer sem novos elementos sobre o homicídio do constitucionalista tem estado nos últimos dias sob forte pressão pública por não conseguir resultados na investigação de vários crimes.
Refira-se que no passado dia 3 de Março, por altura da abertura do ano judicial, o Bastonário da Ordem dos Advogados tinha apontado a polícia como "o elo mais fraco do sistema judicial moçambicano". A Polícia de Investigação Criminal cujo director nacional foi exonerado ontem, evoca por seu turno a falta de meios.
Mais pormenores com Orfeu Lisboa.
Orfeu Lisboa, correspondente da RFI em Moçambique
Noutro aspecto, Afonso Dhlakama, líder da Renamo, maior partido de oposição, terminou o seu périplo pela Zambézia, no centro do país, no intuito de promover a ideia da criação das regiões autónomas. Num comício em Mangue, no distrito de Milange, Dhlakama confirmou que o seu anteprojecto de lei para a criação de regiões autónomas vai ser submetido à Assembleia da República.
Afonso Dhlakama, líder da Renamo, em declarações cedidas por Orfeu Lisboa
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