Proibição de bombas de fragmentação em debate na ONU
Os países participantes da Convenção de Oslo, pela proibição e fabrico de bombas de fragmentação estão reunidos em Genebra, no Palácio das Nações para uma avaliação da situação atual com o Observatório das Minas e Munições.
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Embora 102 países já tenham assinado e ratificado a proibição do fabrico e uso das bombas de fragmentação, por serem um tipo de arma que fere principalmente a população civil, que representa 98% das vítimas 36% das quais são crianças, de acordo com o Observatório das Minas e Munições, uma dezena de países continuam a fabricá-las ou utilizá-las principalmente nos conflitos da Síria e no Iémen.
Além disso, explosões podem ocorrer muitos anos depois de terminados os conflitos, exigindo operações de desminagem custosas e perigosas.
Rui Martins, correspondente em Genebra
Angola, um dos países mais minados do mundo, deverá completar a desminagem da totalidade do seu território até 2025, mas faltam ainda desminar mais de 40% das àreas identificadas e o apoio internacional para estas operações caiu de quase 90%, neste momento apenas os Estados Unidos, Japão e Suiça mantêm as ajudas
Na província do Huambo, no leste de Angola, das 3500 vítimas repertoriadas nos últimos anos, 43% deveram-se a bombas de fragmentação e ainda neste último ano foram desativadas bombas não explodidas.
Moçambique fará uma dupla comunicação na próxima semana no Palácio das Nações em Genebra, dado que o país já terminou a desminagem de minas-antipessoais e a de bombas de fragmentação.
O Brasil, não signatário da Convenção de Oslo que data de 2008, fornece à Arábia Saudita bombas de fragmentação fabricadas pela empresa Avibras, que são utilizadas no Iémen, denuncia o Observatório das Minas e Munições.
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