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Cabo Verde

Chefe do governo cabo-verdiano desmente qualquer ligação com “Chega”

O Primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva, reagiu à demissão ontem do Ministro dos Negócios Estrangeiros, dizendo que “respeita esta decisão”. Expressando-se na língua cabo-verdiana, garantiu que o governo não tem nenhuma ligação com a extrema-direita e com o partido português “Chega”.

Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde,desmente qualquer ligação do seu governo e do seu partido com a formação de extrema-direita portuguesa "Chega".
Ulisses Correia e Silva, primeiro-ministro de Cabo Verde,desmente qualquer ligação do seu governo e do seu partido com a formação de extrema-direita portuguesa "Chega". RFI/NeidyRibeiro
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«Nem este Governo, nem o partido que o apoia, têm alguma relação de afinidade ou simpatia com partidos do tipo do Chega! em Portugal, nem partidos de lógica ideológica similar. Que isso fique claro», esclareceu o chefe do governo.

Ulisses Correia e Silva afirmou ainda que o empresário português César do Paço vai ser exonerado do cargo de cônsul honorário de Cabo Verde na Florida, nos Estados Unidos.

Por sua vez, o ex-embaixador de Cabo Verde nos Estados Unidos da América, Carlos Veiga, disse que não foi ele que escolheu César do Paço para cônsul honorário de Cabo Verde na Florida e que Luís Filipe Tavares fez bem em pedir demissão.

A líder do maior partido de oposição – PAICV – Janira Hopffer Almada, já exigiu explicações do Governo sobre a demissão do ministro dos Negócios Estrangeiros.

Por seu turno, em nota, o ex-titular da pasta da diplomacia cabo-verdiana justificou o pedido de demissão com a necessidade de “poupar Cabo Verde a crispação adicional e ao desgaste” que resultam das eventuais repercussões políticas negativas” da nomeação do português César do Paço como cônsul honorário na Florida.

Em causa, recorde-se, está uma reportagem emitida na Segunda-feira pelo canal televisivo português SIC apontando o empresário português César do Paço como sendo não só um simpatizante mas também um dos financiadores do partido anti-imigração “Chega”, tendo doado a esta formação 10 mil Euros (o valor máximo permitido pela legislação portuguesa).

Ainda de acordo com esta reportagem, este cidadão português que fez fortuna na indústria farmacêutica nos Estados Unidos, colocou em cargos de responsabilidade na sua respectiva fundação, membros destacados do partido “Chega”.

Nomeado em 2014 Cônsul honorário de Portugal na Florida, César do Paço pediu em Maio do ano passado a exoneração do cargo por diferenças irreconciliáveis com o Embaixador de Portugal nos Estados Unidos.

 

 

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