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Síria/ Violência

Rebeldes sírios boicotam reunião sobre transição de governo

Grupos de oposição sírios se reúnem nesta segunda-feira no Cairo para tentar elaborar a transição de governo na Síria. Mas os rebeldes do Exército Livre da Síria acusam os participantes do encontro de armarem um complô e de se curvarem à estratégia da Rússia e Irã, dois aliados de Damasco.

Menino refugiado sírio arma tenda perto da cidade de Arsal, no Líbano.
Menino refugiado sírio arma tenda perto da cidade de Arsal, no Líbano. REUTERS/Mohamed Azakir
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O Conselho Nacional Sírio, maior força de oposição contra o regime no exterior e ministros de países árabes tentam chegar a um acordo para a transição de poder na Síria. A reunião deve durar dois dias e tem o objetivo de “chegar a uma visão unificada sobre o período de transição e o futuro da Síria”, indicou Georges Sabra, porta-vos do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal formação de oposição fora do país, que participa da reunião.

Já os rebeldes e os militares independentes anunciaram que pretendem boicotar o encontro. Eles criticam a posição dos participantes da reunião, que são contra uma intervenção militar externa no país, além de “ignorarem a criação de zonas estratégicas protegidas pela comunidade internacional, de corredores humanitários e ainda o embargo aéreo e de armamento para os opositores”.

A reunião no Cairo acontece após a realização no sábado do encontro do Grupo de Ação para a Síria que terminou com um acordo defendendo um governo de transição na Síria integrando membros da oposição e do atual regime. Tanto os rebeldes quanto a imprensa oficial síria qualificaram a reunião de Genebra de fracasso.

Contágio

Dois membros da polícia de fronteiras da Síria foram feridos na segunda-feira por um míssil atirado do território libanês, conforme um comunicado da Segurança geral libanesa. Esta é a primeira vez que o Líbano informa que atirou contra o território sírio.

Bougaya se encontra na região do Akkar a 185 km ao norte de Beirute. Após os tiros, “os sírios perseguiram os homens armados e o posto de segurança geral libanesa foi atingido”, afirma o comunicado.

Desde o começo da revolta contra o regime do presidente sírio Baschar al-Assad, em março de 2011, incidentes envolvendo invasões e tiros de soldados sírios deixaram vários mortos e feridos no Líbano, causando temor de que outros países sejam contagiados pelo conflito.

O Líbano, que esteve durante 30 anos sob tutela síria, está dividido entre os que são a favor e contra Assad e as autoridades evitam tomar posição sobre o conflito na Síria.

 

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