Mais 21 corpos são descobertos na região de Daraya, na Síria
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) anunciou nesta terça-feira ter descoberto mais 21 corpos na região da cidade de Daraya. No último final de semana, a organização informou ter encontrado 330 cadáveres no local, após a forte ofensiva lançada pelas tropas do presidente sírio Bashar Al-Assad.
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O Observatório declarou na manhã de hoje que novos bombardeamentos, execuções e intervenções militares em residências continuam acontecendo na região de Daraya. Responsáveis do regime afirmam ter feito “uma limpeza” na cidade. Rebeldes relataram que civis foram mortos a sangue frio, entre eles, muitas mulheres e crianças.
O Exército sírio dá seguimento aos combates e bombardeios na região leste de Damasco nesta terça-feira, especialmente nos bairros de Zamlaka, Jobar, Ain Tarma e Qaboun, onde um helicóptero foi derrubado ontem por rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL). Já na periferia da capital, forças do regime atacam os bairros de Harasta e Irbine, de acordo com um comunicado emitido pelo Conselho Geral da Revolução Síria.
Só nesta manhã, 37 pessoas já morreram; 11 são civis. Na segunda-feira, o número de vítimas em todo o país chegou a 190, entre elas, 60 civis. Desde o início da revolta, em março de 2011, as violências causaram a morte de 25 mil pessoas.
Pressão ocidental
A Suíça propôs hoje ao Conselho dos Direitos Humanos da ONU a indicação de Carla Ponte para integrar a comissão especial de investigação sobre a Síria. A jurista ficou famosa por sua determinação em perseguir responsáveis por crimes de guerra e contra a humanidade, tendo sido procuradora do Tribunal Penal Internacional para a Ex-Iugoslávia e também do tribunal especial que julgou o genocídio em Ruanda.
Na quinta-feira, está prevista uma reunião ministerial do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) esta previsto para quinta-feira para discutir ações de ajuda humanitária ao país. Representantes da oposição síria também estão reunidos hoje em Berlim, para apresentar propostas sobre a formação de um governo provisório.
Em Teerã, o ministro sírio da Reconciliação Nacional, Ali Haidar, afirmou que pedir a saída do presidente Bashar Al-Assad é “totalmente inaceitável”.
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