Mediação internacional fracassa no Egito, anuncia governo interino
A crise que toma conta do Egito depois da destituição do ex-presidente Mohamed Mursi parece estar longe de uma solução. O governo interino anunciou na manhã desta quarta-feira, dia 7 de agosto, o fracasso da mediação estrangeira no país, após uma tentativa de negociação de representantes dos Estados Unidos, da União Europeia e de políticos africanos e árabes.
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O governo interino alega que a mediação internacional, que já dura uma semana, passou dos limites. Cairo classificou as tentativas de negociação como "pressão internacional". Além disso, as manifestações pró-Mursi foram qualificadas de "não-pacíficas" e devem ser proibidas em breve.
Desde que Mursi foi destituído no começo de julho, partidários que exigem a volta do líder islamita e opositores se enfrentam em várias cidades do país. Os confrontos entre os dois grupos, além da violência das intervenções policiais, já deixaram cerca de 300 mortos.Os senadores americanos John McCain e Lindsey Graham estão no Cairo, onde fazem um apelo por "um processo político aberto a todos".
Depois de terem se encontrado com o general Abdel Fattah al-Sissi, chefe do Exército egípcio, e representantes políticos militares e islamitas, os dois senadores americanos também pediram a libertação de Mursi. O ex-presidente continua detido em um lugar secreto.
Além dele, os congressistas também pediram a libertação de todos os integrantes presos da Irmandade Muçulmana, partido do presidente deposto - o que irritou o governo interino. Em entrevista coletiva, os senadores americanos disseram que a retirada de Mursi do poder é um golpe de Estado.
O porta-voz da presidência egípcia, Mohamed el-MesIemani, foi categórico ao rejeitar as declarações dos congressistas, que ele classificou de irresponsáveis e mentirosas. Já o presidente interino diz que o pedido de Mc Cain e Graham é uma "intervenção inaceitável na política interior do país".
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