Cúpula do G7 começa hoje na Alemanha, dominada por crises internacionais
A cúpula do G7 - grupo das maiores economias do mundo - se reúne neste domingo (7) e segunda-feira (8) na Alemanha, no castelo de Elmau,na Bavária. Durante dois dias, as grandes potências vão debater as principais crises atuais, como a economia da Grécia, o conflito no leste da Ucrânia e a luta contra o terrorismo. A preparação para a 21ª Conferência do Clima em Paris (COP 21) também está na pauta.
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Pela terceira vez, Alemanha, Estados Unidos, França, Japão, Reino Unido, Canadá e Itália se encontrarão sem a presença do presidente russo Vladimir Putin, após seu país ter sido excluído do G8 devido à anexação da Crimeia.
Entre as montanhas dos Alpes da Baviera, a mil metros de altitude, as economias mais poderosas do planeta vão tratar de alguns dos temas internacionais mais sensíveis, entre os quais, a violência em espiral na Ucrânia, as negociações nucleares com o Irã, o terrorismo, o aquecimento global. Mas, certamente, as negociações entre a Grécia e seus credores internacionais (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) devem monopolizar a atenção dos participantes.
Neste primeiro dia, o G7 discute a portas fechadas, mas nesta manhã, durante um encontro festivo com habitantes de um vilarejo próximo ao castelo de Elmau, com direito a cerveja e danças folclóricas, Barack Obama deixou escapar algumas declarações como "a agressão russa na Ucrânia", por exemplo. Ao lado da chanceler Angela Merkel, ele também reafirmou a solidez dos laços entre os dois países.
Na segunda-feira, alguns chefes de Estado e de Governo do Oriente Médio e da África devem se juntar ao G7 para discutir o desenvolvimento econômico e o terrorismo islâmico. Em sua primeira viagem internacional, o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, também estará presente.
Protestos e segurança máxima
Como acontece todos os anos, os manifestantes antiglobalização devem protestar e já caminham em direção ao castelo de Elmau. Mas uma barreira de milhares de policiais e grades de segurança devem impedí-los de se aproximar dos líderes do G7.
O enviado da RFI à Bavária, Achim Lippold, conversou com Georg Ismael, porta-voz do movimento Stop G7: "Nós manifestamos contra as guerras, as crises e a exploração. Essas três coisas estão intimamente ligadas às políticas desses chefes de Estado e de Governo e os conflitos se multiplicam. Todas as grandes potências se acusam mutuamente pela responsabilidade disso. Mas é culpa do capitalismo: neste sistema, os bancos e as grandes empresas só buscam lucros. E isso impacta na vida das pessoas", disse o militante antiglobalização.
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