Japão despeja para Oceano Pacífico toneladas de água da central nuclear de Fukushima
O Japão vai despejar para o oceano Pacífico, após o devido tratamento, mais de um milhão de toneladas de água da central nuclear avariada de Fukushima Daiichi, anunciou hoje o governo nipónico apesar da oposição de países vizinhos e pescadores locais. A China e a Coreia do sul condenam, enquanto os Estados Unidos apoiam Tóquio.
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As autoridades japonesas decidiram lançar para o oceano Pacífico cerca de 1,25 milhões de toneladas de água contaminada armazenada em mais de mil cisternas da central nuclear avariada de Fukushima Daiichi.
Esta decisão decisão põe fim a 7 anos de debates sobre a maneira de desembaraçar da água de chuvas e fontes subterrâneas ou injecções necessárias para refrescar pontos fulcrais de reactores nucleares em fusão após o gigantesco tsunami de março de 2011.
A água será despejada depois de nos terem dado garantias de que ficará a um nível de substâncias radioactivas nitidamente inferior a normas de segurança, declarou o primeiro ministro japonês, Yoshihide Suga
O PM japonês, disse ainda que o governo tomará as medidas necessárias para impedir que a operação manche a reputação da região.
Uma decisão rápida era necessária, segundo o operador da central, do Tepco, pois, continua a haver uma acumulação da água e os limites das capacidades de armazenagem no local poderiam ser atingidos a partir de outono de 2022.
Mas esta estratégia tem os seus críticos como pescadores e agricultores de Fukushima, no nordeste do país que pensam que tal possa estragar a imagem dos seus produtos junto dos consumidores.
Mais de uma centena de pessoas manifestaram-se hoje em frente à residência oficial do primeiro ministro japonês, Suga, em Tóquio, empunhando cartazes com slogans contra a decisão do governo.
Greenpeace, China contra e Estados Unidos apoiam Tóquio
"O governo japonês, abandonou uma vez mais as gentes de Fukushima", reagiu hoje Greenpeace, fustigando o que chamou uma "decisão completamente injustificada para contaminar o oceano Pacífico.
Em 2020, peritos recomendaram ao governo a rejeição ao mar, uma prática existente no Japão e no estrangeiro sobre instalações nucleares em actividade.
Por seu lado a Agência internacional de Energia atómica, apoiou também essa decisão dos especialistas, pelo que o seu Director geral, Rafael Grossi, reagiu satisfeito com a decisão do governo japonês.
Também os Estados Unidos, reagiram apoiando a operação do governo do Japão.
Em contrapartida, a China, denunciou uma operação extremamente irresponsável e a Coreia do Sul, convocou o embaixador japonês em Seul depois de ter denunciado uma operação de risco para o meio ambiente marítimo.
Fukushima, agora as águas contaminadas
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