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Kosovo

Kosovo: nova apreensão de armas e tensão renovada com a Sérvia

Continua por esclarecer o ataque armado contra a polícia do Kosovo levado a cabo por um grupo paramilitar no domingo passado. Belgrado e Pristina acusam-se mutuamente. 

A polícia kosovar descobriu um novo esconderijo de armas nas proximidades do mosteiro atacado.
A polícia kosovar descobriu um novo esconderijo de armas nas proximidades do mosteiro atacado. AFP - ARMEND NIMANI
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O ataque perpetrado por cerca de trinta paramilitares contra polícias kosovares, seguido de um ataque a um mosteiro ortodoxo sérvio, resultou em quatro vítimas: um polícia e três agressores, que eram sérvios do Kosovo. Três homens foram detidos no Kosovo e são suspeitos de "crimes contra a ordem constitucional e a segurança da República do Kosovo".

Além disso, a polícia kosovar descobriu um novo esconderijo de armas nas proximidades do mosteiro atacado. O número total de apreensões ultrapassa mais de 100 uniformes, cerca de cinquenta armas, incluindo morteiros e lança-foguetes, uma grande quantidade de explosivos e trinta veículos.

Em Belgrado, o presidente sérvio Aleksandar Vucic condenou o assassínio do polícia kosovar, mas culpa o primeiro-ministro kosovar, Albin Kurti, de ser o único responsável pelas tensões interétnicas.

A Sérvia decretou um dia de luto nacional por todas as vítimas, enquanto no norte do Kosovo, de maioria sérvia, foram decretados três dias de luto pelos agressores mortos na operação.

Este aumento de tensão, um dos mais violentos desde a declaração de independência do Kosovo em 2008, gerou uma série de reacções, com a União Europeia e os Estados Unidos a apelarem à redução das tensões e condenando o assassínio do polícia que consideram ser um "acto terrorista".

O embaixador americano no Kosovo, Jeffrey Hovenier, classificou o incidente como um "ataque extremamente grave" realizado por um "grupo altamente organizado, treinado, profissional e equipado com material militar de alta qualidade".

Os serviços de segurança americanos estão a colaborar estreitamente com os homólogos kosovares e outros parceiros para "compreender o que aconteceu e qual foi o motivo" dos agressores, acrescentou.

O Kosovo declarou a sua independência da Sérvia em 2008. A guerra no Kosovo resultou em cerca de 13.000 mortes, na maioria de origem albanesa. A Sérvia sempre se recusou a reconhecer essa independência.

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