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Guiné-Bissau

Frente Social da Guiné-Bissau anuncia lançamento de novo pré-aviso de greve

Após uma semana de paralisação nos sectores da Saúde e Educação, a Frente Social deposita amanhã um novo pré-aviso de greve, cujo início está marcado para o próximo dia 7 de Novembro.

Ioio João Correia, representante dos trabalhadores da área da saúde e porta-voz da Frente Social (à esquerda) e Alfredo Biaguê, líder do Sindicato Democrático dos Professores, SINDEPROF.
Ioio João Correia, representante dos trabalhadores da área da saúde e porta-voz da Frente Social (à esquerda) e Alfredo Biaguê, líder do Sindicato Democrático dos Professores, SINDEPROF. © Aliu Candé/RFI
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Os quatro sindicatos paralisaram parcialmente a função pública, saúde e educação, na semana passada, para reclamar o retorno dos novos ingressos e contratados suspensos por decisão do Governo bem como o pagamento dos atrasados salariais, reclassificação e efectivação. Isso depois do Governo ter anunciado a sua desistência em relação a suspensão dos novos ingressos e contratados.

A Frente Social que integra quatro sindicatos de saúde e educação entrega amanhã, um novo pré-aviso de greve, para exigir o levantamento das suspensões aos técnicos de saúde e educação, pagamento de atrasados salariais, reclassificação e efectivação. O Porta-voz da Frente Social, Ioiô João Correia lamenta que se tenha chegado a este ponto, devido àquilo que chama de "desprezo" do governo aos trabalhadores de saúde e educação.

"Nós achamos que depois de uma semana de greve, não houve nenhuma reacção, nenhuma manifestação de vontade ou interesse por parte do executivo. Isso para nós é absurdo, é inaceitável num país em que temos um sistema de educação e de saúde carenciados. Decidimos que vamos entregar um novo pré-aviso amanhã. As novas acções de greve que vão ser projectadas para o dia 7 a 11 do mês que vem", refere o responsável sindical.

A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné, UNTG-Central Sindical, através do seu Secretário-geral cessante, Júlio Mendonça, acompanha e encoraja os sindicatos.

"Não é justo você constituir um vínculo laboral com uma pessoa ou milhares de pessoas que durante um ano prestaram serviço ao Estado sem serem remuneradas devidamente e depois, a seu bel-prazer, por fim a esse vínculo. Para nós, isso é lamentável, é totalmente absurdo. Razão pela qual encorajamos que o sindicato continue a fazer o seu trabalho", declara Júlio Mendonça.

Recorde-se que na semana passada a Frente Social lançou uma primeira onda de greve que decorreu entre os dias 10 e 14 de Outubro. O movimento social impediu o arranque das aulas nas escolas públicas, sendo que no tocante ao sector da saúde, apenas foram atendidos os casos graves no Hospital Central Simão Mendes, em Bissau.

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