Moçambique/Covid-19: ensino à distância não é inclusivo
Em Moçambique o ensino à distância devido à pandemia de Covid-19 não é inclusivo, sobretudo nas zonas rurais, alerta a rede de organizações da sociedade civil para os direitos da criança.
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Os programas de ensino pela rádio, televisão e plataformas "on line" durante a vigência do estado de emergência, prolongado até 29 de junho, não são inclusivos e deixam de fora a maioria da população estudantil, sobretudo nas zonas rurais.
A conclusão é da rede de organizações da sociedade civil para os direitos da criança.
Para Tassiana Tomé membro desta ong "4,3% da população moçambicana tem acesso à internet, a maior parte nas zonas urbanas, 45,55% das familias moçambicanas possuem um receptor de rádio e cerca de 19,55% da população nas zonas urbanas, enquanto cerca de 0,7% nas zonas rurais têm acesso à televisão e também há um fraco acesso aos smartphones".
Consideram ainda as organizações da sociedade civil representadas, que o modelo de ensino também não abrange os estudantes do ensino bilingue e muito menos os deficientes sobretudo visuais, ao mesmo tempo que receiam que na fase pós Covid-19 os índices de desistência escolar venham a disparar sobretudo das raparigas.
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