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Israel/Deportação

Israel deporta ativistas de frota humanitária

A maior operação de deportação já realizada por Israel acontece de forma rápida e longe das lentes da imprensa, em uma tentativa de amenizar os danos diplomáticos causados pela invasão israelense as seis embarcações da Frota da Liberdade.

Ônibus deixa prisão e leva ativistas ao aeroporto de Tel Aviv.
Ônibus deixa prisão e leva ativistas ao aeroporto de Tel Aviv. Reuters
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Pela manhã, os passageiros começaram a ser transferidos para o aeroporto internacional Ben Gurion, em Tel Aviv, rumo à Turquia de onde seguem para seus países de origem. A imprensa que aguardava os ônibus provenientes da prisão de Beer Sheva, onde foram mantidos os ativistas não tiveram contato algum com os deportados, que acenaram aos jornalistas. Em um dos ônibus estava a brasileira Iara Lee, que participou da expedição.

123 passageiros de 12 países islâmicos, tais como Malásia, Indonésia, Kuwait e Paquistão, com os quais Israel não têm relações diplomáticas, foram transferidos para a Jordânia em cinco ônibus.
Mas o clima segue tenso em Israel. Um debate sobre a expedição a Gaza realizado no parlamento israelense terminou em confusão. Vários parlamentares se manifestaram contra a deputada árabe israelese Hanin Zoabi, que estava em um dos navios, e foi chamada de traidora.

O presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, qualificou de “terrorismo de Estado” o ataque das forças de Israel contra uma frota humanitária que carregava ajuda humanitária à Faixa de Gaza. A próxima tentativa de burlar o bloqueio ao território palestino já esta a caminho. O navio irlandês Rachel Corrie, que transporta cerca de 15 ativistas e ajuda humanitária, tem chegada prevista para sexta-feira.

Investigação internacional

 Em Genebra, os 47 membros do Conselho de Direitos Humanos da ONU adotaram uma resolução, nos mesmos moldes do texto apresentado no Conselho de Segurança, pedindo uma investigação internacional sobre o incidente envolvendo as embarcações na segunda-feira.

Nesta terça-feira, o secretário-geral da Organização, Ban Ki-Moon, pediu que Israel suspenda seu bloqueio em Gaza, mas o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já deixou claro que o paí manterá as tropas na região, apesar da pressão internacional e da repercussão negativa da ação israelense. “É preciso compreender que o bloqueio é fundamental para preservar a segurança da Israel", disse o primeiro-ministro.

 Colaboração de Nathalia Watkins, correpondente da RFI em Jerusalém

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