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Síria/protestos

Conselho de Segurança da ONU diverge sobre repressão na Síria

Os 15 países membros do Conselho de Segurança da ONU não conseguiram chegar a um consenso, na noite dessa quarta-feira, em torno de uma declaração condenando a repressão violenta do regime sírio contra os manifestantes que pedem reformas políticas no país.

Conselho de Segurança da ONU não chega a consenso sobre uma declaração  condenando a repressão violenta na Síria.
Conselho de Segurança da ONU não chega a consenso sobre uma declaração condenando a repressão violenta na Síria. UN Photo/Paulo Filgueiras
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A China e a Rússia bloquearam a declaração proposta pelo Reino Unido, França, Portugal e Alemanha. Oficialmente, Rússia e China condenam o que qualificam de ingerência exterior nos assuntos internos da Síria, que poderia levar a uma guerra civil e desestabilizar todo o Oriente Médio. Mas são os interesses chineses e russos na Síria que alimentam o bloqueio da declaração. A proposta europeia também enfrentou resistência do Líbano, único país árabe ocupando atualmente uma cadeira rotativa no Conselho.

Militantes de oposição ao regime sírio estimam que desde o início do movimento, em 15 de março, pelo menos pelo menos 450 pessoas foram mortas pelas forças do presidente Bashar al-Assad. A fratura interna do regime começa a se manifestar. Cerca de 230 membros do Baas, o partido do poder na Síria, renunciaram nesta quarta-feira. A medida foi tomada em protesto contra a onda de violência que atinge o país desde que as manifestações pró-democracia começaram em 15 de março.

Segundo um comunicado divulgado pelos membros do Baas, a decisão de deixar o partido foi um protesto contra as práticas dos serviços de segurança sírios, principalmente na região de Banias. Os membros do Baas também denunciam as agressões contra os habitantes de Baïda e o comportamento dos serviços de segurança que “provoca sentimentos de hostilidade entre os habitantes do país”. O comunicado também critica a postura da imprensa síria que, segundo eles, fala de manifestantes mortos, feridos e torturados como se fossem gangues de criminosos armados. Pelo menos 400 pessoas já morreram na repressão ao conflito na Síria, que teve início em março.
 

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