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Ásia/tensões

Japão ativa sistema antimíssil contra foguete norte-coreano

O sistema antimíssil japonês entrou em funcionamento neste final de semana, no centro de Tóquio, a alguns dias do polêmico lançamento do foguete norte-coreano Unha-3 que pretende colocar um satélite em órbita. O equipamento PAC-3 foi instalado no Ministério da Defesa japonês, no coração da megalópole, e outras duas bases similares já estão posicionadas na região para proteger os 35 milhões de habitantes da capital.

Os 35 milhões de habitantes de Tóquio serão protegidos pelo equipamento antimíssil PAC-3, instalado neste final de semana no ministério da Defesa japonês.
Os 35 milhões de habitantes de Tóquio serão protegidos pelo equipamento antimíssil PAC-3, instalado neste final de semana no ministério da Defesa japonês. Getty Images/Berthold Trenkel
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Além do PAC-3, três equipamentos dotados do sistema de combate Aegis e de mísseis interceptores SM-3 foram enviados pelo Japão ao Mar da China oriental e outros sistemas antimísseis estão a postos no arquipélago de Okinawa, no sul do Japão.

Apesar da oposição internacional, a Coreia do Norte pretende lançar o polêmico foguete entre os dias 12 e 16 de abril da base de Tongchang-ri, no nordeste do país. Com uma altura de 30 metros e um diâmetro de 2,5 metros, ele deve colocar em órbita um satélite de observação da Terra para fornecer informações sobre as colheitas, florestas e recursos naturais da Coreia do Norte. Uma parte do míssil deve cair a oeste da península coreana, e a outra parte a leste das Filipinas, sobrevoando Okinawa.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda ordenou ao exército do país que destrua o foguete norte-coreano caso ele represente qualquer ameaça ao território nipônico. “Nós tomamos medidas máximas de precaução”, explicou neste domingo o vice-ministro da defesa japonês, Shu Watanabe, ao canal de televisão público japonês, NHK.

Lançamento

O foguete norte-coreano foi instalado em sua plataforma de lançamento, segundo informações divulgadas neste domingo por jornalistas internacionais na base espacial de Tongchang-ri. Autoridades coreanas autorizaram, pela primeira vez, que cerca de 50 correspondentes visitem o novo centro construído na península de Cholsan.

O governo de Kim Jong-UM anunciou que a intenção da visita é mostrar que a operação Unha-3 não tem o objetivo “disfarçado de lançamento míssil” - o que seria uma infração às resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) que proíbe a Coreia do Norte de realizar testes nucleares ou balísticos. “Dizer que queremos fazer um teste de míssil não tem realmente nenhum sentido. Este lançamento está planejado de longa data pelo centésimo aniversário do ex-presidente Kim Il-Sung. Nós não o fazemos com o objetivo de provocação”, declarou o chefe do centro espacial norte-coreano, Jang Myong-Jin.

O regime da Coreia do Norte vai realizar grandes comemorações para este aniversário, no dia 14 abril, que é o dia do nascimento do fundador da República Popular Democrática da Coreia, falecido em 1994.

 

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