Síria e Irã dominam reunião de chanceleres do G8 em Washington
A crise síria e o programa nuclear iraniano foram os assuntos que dominaram o primeiro dia de reunião do G8, o grupo das principais democracias industrializadas do mundo. O lançamento de um foguete norte-coreano também está na agenda do encontro aberto em Washington nesta quarta-feira.
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De Raquel Krahenbühl, correspondente da RFI, em Washington,
Os ministros das Relações Exteriores do G8 estão reunidos em Washington por dois dias. Nesta quarta-feira, como era esperado, a crise na Síria e o programa nuclear iraniano foram as principais discussões.
A secretária de estado americana, Hillary Clinton, falou que Estados Unidos, Canadá, Grã- Bretanha, França, Alemanhã, Itália, Japão e Rússia estão alarmados com a violência na Síria que persiste mesmo com os esforços do enviado especial da ONU e da Liga Árabe , Kofi Annan, para tentar um cessar-fogo.
O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, insistiu que a ONU envie observadores à Síria para verificar se o cessar-fogo, previsto para entrar em vigor nesta quinta-feira, será respeitado. Um dia antes, ele tinhado acusado o líder sírio Bashar al-Assad de mentir para Kofi Annan.
Os ministros devem aproveitar para chamar a atenção da Rússia que até agora rejeitou todas as resoluções da ONU para pressionar o regime sírio.
O presidente Barack Obama e a chanceler alemã Angela Merkel conversaram por telefone nessa quarta-feira e concordaram que o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve adotar ações mais firmes diante da continuidade da violência no país.
Os ministros discutiram também a oportunidade de o Irã tirar proveito das conversas com o grupo dos 6, que reúne os cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, Rússia, China, Grã Bretanha e França) mais a Alemanha na reunião que acontece no próximo sábado, em Istanbul.
Eles querem que Teerã mostre seriedade em relação às preocupações da comunidade internacional com o seu programa nuclear. Obama e Merkel prometeram pressionar por mais sanções contra o Irã se o país não cooperar nas negociações de sábado.
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