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Egito / Eleições

Islâmicos reivindicam a presidência após eleições no Egito

A Irmandade Muçulmana reivindicou nesta segunda-feira a vitória de seu candidato Mohammad Morsi na eleição presidencial do Egito. O anúncio foi imediatamente contestado por seu rival Ahmad Chafiq, antigo primeiro-ministro do ditador Mubarak. Os resultados oficiais da eleição presidencial serão anunciados somente na quinta-feira pela Comissão eleitoral.  

Cartaz de campanha do candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammad Morsi.
Cartaz de campanha do candidato da Irmandade Muçulmana, Mohammad Morsi. REUTERS
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"O doutor Mohammad Morsi é o primeiro presidente da República eleito pelo povo", afirmou nesta segunda-feira em sua conta no Twitter o Partido da Liberdade e da Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana. O comitê de campanha do candidato indicou logo em seguida que Morsi teria obtido 52% dos votos, contra 48% para Chafiq.

Depois do anúncio da sua vitória, Mohammad Morsi agradeceu aos eleitores que votaram nele e se comprometeu a "servir todos os egípcios", independentemente de sua orientação política ou religiosa. POuco depois desse pronunciamento em seu QG de campanha, centenas de partidários de Morsi foram festejar a vitória de seu candidato na emblemática praça Tahrir, epicento da contestação no Cairo. 

Esse anúncio foi rejeitado pelos partidários de Armad Chafiq, um general da reserva e antigo primeiro-ministro de Moubarak considerado o candidato do exército. Os responsáveis pela campanha afirmaram que Chafiq obteve 51,6% dos votos, segundo resultados parciais.

Junta militar

Quem quer que seja o futuro presidente, ele terá uma margem de manobra muito limitada diante da junta militar que comanda o país desde a queda de Mubarak, em fevereiro de 2011.

Os militares declararam neste domingo que vão exercer o poder legislativo até eleição de um novo Parlamento. A câmara dos deputados, dominada pela Irmandade Muçulmana, foi dissolvida no sábado após uma decisão da Justiça declarando ilegal a lei que garantia a eleição dos parlamentares.

Mas a nova votação só poderá acontecer depois da redação de uma nova constituição e sua aprovação por um referendo popular.

Segundo o texto da Declaração Constitucional Complementar anunciada neste domingo pela junta militar, a redação da nova constituição será confiada a uma "comissão constitucional representando todos os segmentos da sociedade" e que terá três meses para terminar seus trabalhos.

O Conselho Supremo das Forças Armadas terá direito de veto sobre todo artigo que ele considerar "contrário aos interesses supremos do país".

As medida anunciadas pelos militares no domingo e a dissolução do Parlamento desviaram as atenções da eleição presidencial, que aconteceu no sábado e no domingo sem nenhum grande incidente.

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