Mursi será alvo de investigação criminal no Egito
O ex-presidente egípcio Mohamed Mursi, que deixou o poder sob a pressão do exército há dez dias, é acusado de espionagem, incitação à violência, e destruição da economia do país. Os partidários do ex-líder já convocaram novas manifestações de apoio, previstas para a próxima semana. Enquanto isso, o governo de transição já foi praticamente formado pelo primeiro-ministro.
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A Justiça egípcia publicou nesse sábado um comunicado no qual informa ter registrado queixas visando Mohamed Mursi e oito responsáveis religiosos, entre eles um dos chefes da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie. Essa é a primeira etapa para lançar uma investigação e, em seguida, um indiciamento.
O ex-chefe de Estado e seus partidários são acusados de espionagem, incitação à violência, e destruição da economia do país. As autoridades não informaram quem lançou as queixas.
Apesar dessa notícia, a Irmandade Muçulmana, braço religioso do Partido da Liberdade e da Justiça (PLJ), do qual faz parte Mursi, convocou novas manifestações pedindo a volta do ex-presidente ao poder. Na sexta-feira o Cairo foi palco de gigantescos protestos pacíficos em defesa do ex-chefe de Estado.
Enquanto isso se intensificam as negociações para a formação de um governo de transição após a queda de Mursi. O primeiro-ministro Hazem Beblawi se encontrou nesse sábado com vários possíveis ministros. Segundo fontes oficiais, cerca de 90% da composição do novo governo, que deve ser revelada durante a semana, já está definida.
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