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Egito/protestos

Partidários de Mursi voltam às ruas em mais um dia de tensão no Egito

O impasse no Egito é perigoso, alertam os Estados Unidos e a União Europeia. Em um comunicado conjunto, publicado na quarta-feira após o fracasso da mediação internacional no país, Jonh Kerry e Catherine Ashton descrevem "uma situação frágil que coloca em risco a união do país e impede a retomada econômica fundamental para garantir a transição egípcia".

Apoiadores do presidente egípcio deposto, Mohamed Mursi, ocupam praça no Cairo nesta quinta-feira, 8 de agosto de 2013.
Apoiadores do presidente egípcio deposto, Mohamed Mursi, ocupam praça no Cairo nesta quinta-feira, 8 de agosto de 2013. REUTERS/Asmaa Waguih
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Hugo Bachega, correspondente da RFI no Egito

Milhares de partidários do presidente islamita deposto, Mohamed Mursi, comemoram hoje nas ruas do Cairo o fim da Ramadã. Eles desafiam assim o governo interino que continua ameaçando dispersar à força as manifestações.

O Egito mergulhou em novas incertezas com o fracasso das mediações internacionais para um acordo entre partidários do presidente deposto, Mohamed Mursi, e o governo interino, apoiado pelos militares.

Novos protestos foram convocados por ambos os lados para esta quinta-feira, primeiro dia do feriado que marca o fim do mês sagrado do Ramadã.

Ontem, o governo interino anunciou o fim das conversas para um acordo, e culpou a Irmandade Muçulmana pelo fracasso das negociações. O grupo rejeita participar do processo de transição.

O governo reforçou que irá agir para dispersar as vigílias de milhares de partidários de Mursi, que há mais de um mês realizam atos pedindo pela volta do presidente deposto. Os protestos foram chamados pelo governo de ameaça à segurança nacional.

A ameaça voltou a gerar dúvidas sobre quais ações serão tomadas contra os manifestantes, que têm prometido resistir a qualquer incursão das forças de segurança. A onda de violência após a queda de Mursi, no dia de 3 de julho, já matou mais de 300 pessoas no Egito.

Em comunicado conjunto, os Estados Unidos e a União Europeia, que estiveram envolvidos nos esforços de mediação, demonstraram preocupação com a situação no Egito, e pediram para que ambos os lados superem o que foi chamado de "impasse perigoso."

 

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