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Síria/Armas Químicas

Rússia se dispõe a ajudar Síria a destruir arsenal químico

A Rússia, principal aliada do presidente Bashar al-Assad, está pronta para ajudar a Síria a destruir seu arsenal químico, afirmou nesta quinta-feira o vice-ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Riabkov. Ele descartou, no entanto, a possibilidade de importar as armas para fazê-lo em seu território.

O presidente sírio Bashar al-Assad durante entrevista para a rede venezuelana Telesur
O presidente sírio Bashar al-Assad durante entrevista para a rede venezuelana Telesur REUTERS/SANA/Handout via Reuters
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Um acordo assinado por Washington e Moscou no dia 14 de setembro em Genebra prevê que os armamentos sejam eliminados até junho de 2014. O problema é que os únicos países capazes de tratar em larga escala munições repletas de gases sarin, VX e mostarda, são justamente Rússia e Estados Unidos. Mas isso esbarra em um problema de ordem jurídica, já que os americanos proíbem a importação deste tipo de equipamento.

E Serguei Riabkov foi incisivo: "Não faremos isso de forma alguma. A destruição em território sírio é a melhor opção". Ele lembrou que a Convenção sobre Armas Químicas proíbe a circulação do aparato em âmbito internacional.

Ainda que se decida o local onde o arsenal será eliminado, ainda há negociações a serem feitas. O Conselho de Segurança trabalha sobre um texto que torne o procedimento aceitável tanto para a Rússia quanto para o Ocidente. Nesta quinta-feira, dirigentes das duas partes afirmaram que as negociações progridem.

Mas os ocidentais querem que a resolução preveja sanções e até mesmo um ataque militar contra o regime sírio, caso Bashar al-Assad não coopere com a ONU para destruir as armas químicas. Moscou e Pequim se opõem à ideia.

Diante deste avanço nas negociações, al-Assad reiterou seu compromisso de eliminar o arsenal. Em entrevista à rede venezuelana Telesur, ele afirmou que seu país "se compromete com todas as convenções que assina" e não colocará qualquer obstáculo à destruição das armas.

A demonstração de boa-fé aconteceu nesta quinta-feira, mesmo dia em que os especialistas da ONU em Damasco começavam uma nova investigação para apurar o uso de armas químicas no conflito sírio. No mês passado, a missão concluiu que o gás sarin foi utilizado em larga escala na periferia de Damasco. De acordo com Washington, que acusa o regime pelo ataque, quase 1,5 mil pessoas morreram na ocasião.

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