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Quênia/ataque

Governo do Quênia minimizou ameaças terroristas, diz relatório

O governo do Quênia está sendo acusado de ter minimizado as ameaças de um atentado antes do ataque terrorista do grupo Al-Shebab contra o centro comercial Westgate, em Nairobi, que deixou pelo menos 61 mortos e 240 feridos. Sessenta pessoas ainda continuam desaparecidas, segundo as autoridades.

Forças do Quênia agem durante ataque que deixou pelo menos 61 mortos no Quênia
Forças do Quênia agem durante ataque que deixou pelo menos 61 mortos no Quênia REUTERS/Noor Khamis
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Um relatório do serviço de inteligência queniano, o NIS, teria sido divulgado para vários ministérios e responsáveis de segurança pouco antes do ataque, segundo responsáveis do país. Neste sábado de manhã, os três principais jornais do Quênia publicaram trechos sobre o documento.

Ele mostra que grupos ligados à al Qaeda estariam planejando uma ação em setembro, como a que ocorreu na semana passada.

O governo israelense também teria prevenido as autoridades quenianas sobre o risco de um ataque, mas nada foi feito. A embaixada de Israel em Nairobi chegou a informar diretamente o governo sobre o "risco elevado de terrorismo."

Desde o fim de 2012, diversos documentos apontavam para  a possibilidade de um atentado na região. Além de Israel, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha são os principais parceiros do Quênia na questão securitária.

O centro comercial Westgate, que pertence em parte a grupos israelenses, é tido há muito tempo como um alvo potencial de grupos ligados a Al Qaeda.

É o caso do grupo Al-Shebab, da Somália, que organizou o ataque ao Westgate em represália à presença de forças militares do Quênia no país.

O governo queniano já vinha sendo alvo de críticas sobre a falta de preparo das autoridades para lidar com a questão do terrorismo.

Agora, os deputados quenianos pedem a demissão de Michael Gichangi, chefe do NIS, que não teria feito nada para prevenir o ataque.

Hoje, depois de um novo balanço, o Ministério britânico das Relações Exteriores informou que seis de seus cidadãos morreram no ataque.
 

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