Vencedores do Nobel da Paz defendem ativistas do Greenpeace em carta a Putin
Onze vencedores do prêmio Nobel da Paz, entre ele o arcebispo sul-africano Desmond Tutu, escreveram uma carta ao presidente russo Vlamidir Putin em defesa dos 28 militantes do Greenpeace detidos no país em setembro, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, 32 anos.
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Na carta endereçada ao chefe de estado russo, eles pedem que a Justiça do país retire as acusações de pirataria contra os militantes, um fotógrafo e um cinegrafista amador.
O texto também pede "que todas as acusações respeitem as leis internacionais e russas." Os vencedores do Nobel se dizem "convencidos de que as autoridades russas acreditam que o direito de protesto sem violência deve ser respeitado."
A carta, assinada pela advogada iraniana Shirin Ebadi e o americano Jody Williams, também alerta sobre os riscos da exploração petrolífera no oceano Ártico. "Pedimos a todos os países que se liberem da dependência da energia do petróleo", escrevem os laureados.
Os militantes do Greenpeace foram presos no dia 19 e setembro quando tentavam escalar uma plataforma da Gazprom, a companhia estatal russa.
Os ativistas foram indiciados por pirataria, crime passível de 15 anos de prisão, e o barco do grupo, o quebra-gelo holandês Artic Sunrise, rebocado e detido pelas autoridades russas. A polícia afirma ter encontrado ópio e cocaína no local.
O porta-voz de Putin, , Dmitri Peskov, declarou que a carta foi enviada à "pessoa errada", mesmo que o presidente russo "tenha um grande respeito pelos vencedores do Nobel."
Em setembro o presidente russo disse que os militantes "não eram piratas", mas haviam infringido a lei ao tentar ocupar a plataforma de petróleo russa.
O Greenpeace iniciou uma grande campanha mundial em apoio aos militantes, detidos em Mormansk.
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