Violência marca eleições presidenciais no Afeganistão
Pelo menos 106 pessoas, entre elas 60 rebeldes talibãs, morreram neste sábado (14) no Afeganistão em ataques organizados pelas milícias contra o segundo turno das eleições presidenciais. O anúncio foi feito pelo ministro do Interior, Omar Daudzai.
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Durante uma coletiva de imprensa, o premiê declarou que objetivo dos rebeldes era prejudicar o processo eleitoral. Milhares de pessoas foram às urnas neste sábado participar do segundo turno das eleições presidenciais e escolher o successor de Hamid Karzai.
Esta será a primeira vez que um presidente eleito democraticamente vai receber o cargo de outro presidente escolhido pelas urnas no país. Entre os candidatos, estão Abdullah Abdullah, 53 anos, ex-porta voz do comandante Massoud e favorito às eleições, e Ashraf Ghani, 65 anos, ex-executivo do Banco Mundial.
Apesar da violência, a participação no segundo turno poderá ultrapassar os 50%, segundo o chefe da CEI (Comissão Eleitoral Independente), Yusuf Nuristani. O índice é equivalente ao registrado em 5 abril, no primeiro turno. Segundo as estimativas, mais de 7 milhões de pessoas participaram do segundo turno, sendo 38% mulheres e 62% homens.
"Apesar das dificuldades, técnicas ou de segurança, conseguimos realizar as eleições com sucesso", declarou o chefe da CEI. As eleições estão sendo consideradas como um teste para o Afeganistão.
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