"Para palestinos, este é o pior momento", diz jornalista em Gaza
Após dois dias de fortes ataques israelenses, a população da faixa de Gaza já se esqueceu da trégua temporária última semana. O correspondente Richard Furst acompanha de perto a situação no território palestino.
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Richard Furst, correspondente da RFI na Faixa de Gaza
Para os palestinos de Gaza, este é o pior momento. Além da devastação por todos os lados, os bombardeios israelenses não param. É a destruição em cima do que já foi atacado pela guerra.
Israel afirma que tem como alvo bases de militantes islâmicos, mas a infraestrutura civil não tem sido evitada. O Estado judaico alega que estes lugares são usados para ataques terroristas
Com a declaração do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, de que as ações militares em Gaza não acabaram e que vão durar "o tempo necessário para garantir a segurança de Israel", o medo é de ataques até nas escolas da Organização das Nações Unidas (ONU).
Superlotadas pelas pessoas que perderam tudo na ofensiva de mais de um mês, as mais de 80 instituições da ONU servem como único abrigo para mais de 200 mil refugiados, obrigados a enfrentar o conflito e sem poder sair do território que é completamente cercado.
Um ataque aéreo israelense matou nesta quinta-feira três líderes do Hamas, grupo radical islâmico que domina o território árabe. Eles estavam entre pelo menos seis mortos, um dia depois que o chefe militar do Hamas, Mohammed Deif, sobreviveu a um ataque que matou sua esposa e filho, um bebê de oito meses. Um israelense foi gravemente ferido com foguetes disparados contra Israel.
Mesmo com o sol acima dos quarenta graus durante o dia, manifestantes têm ido às ruas e gritam o nome de Alá para frisar a revolta frente às vítimas que só tem aumentado.
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