Tensão cresce em Hong Kong com confrontos entre manifestantes e opositores
Violentos confrontos entre militantes pró-democracia e moradores irritados com os protestos foram registrados na noite de sexta-feira (3) em Hong Kong. Autoridades de Hong Kong dão sinais de abertura, mas não definem data para encontrar manifestantes.
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Em Mong Kok, bairro comercial e densamente povoado de Kowloon, situado em frente à ilha de Hong Kong, centenas de pessoas enfrentaram os manifestantes e conseguiram desfazer suas barricadas.
A polícia interveio quando os dois grupos se confrontavam e trocavam insultos. Ambulâncias foram ao local mas não era possível confirmar se havia feridos.
Alguns estudantes acusaram os opositores de terem infiltrado homens nas manifestações para provocar distúrbios e tirar a credibilidade do movimento que reúne desde domingo milhares de pessoas nas ruas de Hong Kong
"Marionete de Pequim"
O movimento pró-democracia saiu às ruas para protestar contra a decisão de Pequim de pré-selecionar os candidatos para concorrer nas eleições de 2017 e exigem a instauração de um sufrágio universal pleno para a escolha do novo chefe executivo local. Eles também exigem a demissão do atual dirigente de Hong Kong, Leung Chun-ying, considerado uma "marionete de Pequim".
Em sinal de abertura, Leung Chun-ying nomeou um representante do governo regional para organizar uma reunião com os estudantes para discutir reformas políticas. Nenhuma data, no entanto, foi definida.
Dentro do movimento, poucos acreditam que o governo central chinês deseje fazer esse tipo de concessão.A crise política atual é a mais grave desde que Hong Kong deixou de ser colônia britânica em 1997 e se tornou uma região autônoma chinesa.
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