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Coreia do Norte

Coreia do Norte lançou foguetão condenada pela ONU

Paris, Pequim e Washington condenaram de modo veemente o lançamento de um foguetão de longo alcance feita esta madrugada de domingo, 7 de fevereiro,  pela Coreia do Norte, que viola assim as resoluções da ONU.

Imagem do foguetão balístico apresentado na televisão norte-coreana a 7 de fevereiro de  2016.
Imagem do foguetão balístico apresentado na televisão norte-coreana a 7 de fevereiro de 2016. REUTERS/Kim Hong-Ji
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A Coreia do Norte efectuou este domingo de madrugada, 7 de fevereiro, o lançamento de um foguetão de longo alcance, o que foi imediatamente condenado por várias capitais mundiais, como Paris, Washington e Pequim, que denunciam uma violação das resoluções da ONU, por parte de Pyongyang.

O conselho de segurança da ONU reuniu de emergência em Nova Iorque e já condenou o acto da Coreia do Norte e vai agora adoptar uma resolução "em resposta às violações perigosas e graves levadas a cabo por Pyongyang".

A Coreia do Norte, alegou ter tentado colocar em "órbita um satélite visando apenas a exploração espacial pacífica".

Só que vários países vizinhos e a nível mundial temem que seja uma medida camuflada por parte da Coreia do Norte de testar tecnologia balística, pelo que as reacções foram imediatas e severas.

Por exemplo a França condenou este acto como sendo uma "provocação sem sentido e apelou para uma rápida e dura resposta da parte do conselho de segurança da ONU, segundo um comunicado da presidência do Eliseu, em Paris.

Por seu lado, entre os países vizinhos, a China, lamentou o ocorrido com um parta-voz do ministério chinês dos negócios estrangeiros, a declarar que "no tocante à insistência de Piongiang em implementar o lançamento de tecnologias de míssil, apesar da oposição internacional, a China lamenta expressamente."

Pequim, sempre tido como o principal aliado de Pyongyang na região, condenou imediatamente o acto norte-coreano, para mostrar ao mundo, que nesta matéria balística, não aprova a Coreia do Norte.

Mas, paradoxalmente, a China, afirmou que Pyongyang " tem o direito a uma utilização pacífica do espaço, mas um direito limitado pelas resoluções pertinentes do conselho de segurança da ONU", com um porta-voz chinês a sublinhar que "todas as partes devem analisar o acto na serenidade, no diálogo e consultas."

Também o Japão reagiu com o primeiro-ministro japonês a denunciar um acto "absolutamente inaceitável e que viola resoluções da ONU". Outro país vizinho, a Coreia do Sul, anuncia que reunia com carácter de urgência, o seu conselho de segurança nacional.

Reacções de denúncia em todo o mundo

As reacções a nível mundial, seguem o sentido de  Paris, com Washington, a denunciar uma provocação maior ameaçando a segurança na Ásia e no próprio território americano. Washington, prometeu que o lançamento do foguetão por parte da Coreia do Norte, terá "graves consequências".

O chefe da diplomacia americana, John Kerry, garantiu que serão discutidas medidas importantes ainda este domingo.

A Casa Branca denunciou "uma nova acção desestabilizadora e provocadora e uma violação flagrante de múltiplas resoluções do conselho de segurança da ONU", afirma um comunicado de Susan Rice, conselheira de segurança nacional do presidente do presidente Barack Obama.

Por seu lado, Londres reagiu exigindo acções para "isolar ainda mais" a Coreia do Norte.

Outro membro do conselho de segurança da ONU, a Rússia, reagiu declarando tratar-se de uma acto "muito nocivo".

De notar que a ONU, advertiu váris vezes a Coreia do Norte, antes do lançamento do foguetão esta madrugada, para não levar a cabo nenhum teste sobre tecnologias de mísseis balísticos.

Mesmo assim, a Coreia do Norte, disparou esta madrugada o fuguetão balístico, a partir de  Dongchang-ri. no noroeste do país, seguindo a trajectória para o sul, acima do mar amarelo da China.

Mas por ora, não há certezas, se a operação da Coreia do Norte, foi um êxito, porque Pyongyang , afirma, não se sabe se por manipulação, que o segundo andar do foguetão ficou danificado.

Coreia do Sul quer sistema anti-missil americano

De notar enfim, que a Coreia do Sul e os Estados Unidos, decidiram abrir conversações sobre a instalação na península sul-coreana de um sistema de defesa anti-míssil americano, um arsenal, que a China não aprova.

Mas um alto funcionário do ministério sul-coreano da defesa, Ryu Je-Seung, disse que o seu país está decidido a abrir estas conversações sobre a possibilidade de se instalar o sistema de defesa anti-míssil americano, conhecido pelas iniciais THAAD (Terminal High Altitude Area Defense) no quadro dos esforços de reforçar o sistema de defesa dde aliança Coreia do Sul/Estados Unidos.

"Os programas de armas nucleares e balísticas da Coreia do Norte, representam uma séria ameaça para os nossos interesses", replicou a conselheira de segurança americana, Susan Rice, insistindo que o assunto devia ser discutido este domingo no conselho de segurança da ONU, para discutir novas sanções contra o regime norte-coreano.

Recorda-se que a 6 de janeiro último, a Coreia do Norte, já tinha levado a efeito, experiências bem sucedidas de um"bomba de hidrogénio", segundo reconheceu a própria Televisão estatal norte-coreana.

01:26

João Matos sobre o foguetão balístico da Coreia do Norte

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