Gaza em "Estado de alerta"
A faixa de Gaza encontra-se hoje em "Estado de alerta" depois da morte de pelo menos 3 polícias ontem em explosões em dois locais distintos que o Hamas, movimento que controla o enclave, qualificou de "atentados".
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De acordo com testemunhas, os acontecimentos que começaram por ser apresentados pelas autoridades como "ataques de origem indeterminada", poderiam ter sido atentados conduzidos por kamikazes circulando de moto. O ministério do interior do enclave, contudo, não confirmou esta tese, fontes próximas da investigação avançando que se privilegia a hipótese de ataques "salafistas", ou seja de grupúsculos radicais que contestam a autoridade do Hamas em Gaza com acções inspiradas nos métodos do grupo Estado Islâmico.
A confirmar-se esta eventualidade, estes poderiam ser os primeiros atentados-suicidas na Faixa de Gaza desde o 17 de Agosto de 2017.
Reagindo a estas ocorrências, Ismaël Haniyeh, chefe do bureau político de Hamas que controla a faixa de Gaza há mais de uma década, apelou à unidade argumentando que "os atentados visam sabotar a estabilidade de Gaza e servem apenas os interesses de Israel"... Israel que desde logo desmentiu qualquer envolvimento no sucedido.
Refira-se ainda que estes ataques aconteceram numa altura em que se tem verificado um recrudescimento da tensão entre palestinianos e israelitas, com tiros de roquetes a partir de Gaza e represálias por parte do Estado Hebreu no passado fim-de-semana, fazendo recear uma nova escalada da tensão num período sensível em que Israel está prestes a organizar legislativas no próximo dia 17 de Setembro.
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