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Coronavírus

Manaus, epicentro da pandemia de Covid-19 no Brasil

O Brasil registou na terça-feira 6 de Maio o número diário de mortes mais alto de sempre, com 578 vítimas, desde o início do surto.

A situação é dramática em Manaus.
A situação é dramática em Manaus. © REUTERS - BRUNO KELLY
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A pandemia de Covid-19 já causou a morte de mais de 7 900 vítimas, e já infectou mais de 116 mil pessoas no Brasil.

No entanto nas últimas 24 horas o aumento de mortos e de casos explodiu com mais de 6 mil pessoas infectadas e 578 vítimas mortais.

Manaus, no coração da floresta da Amazónia, tem sido um dos epicentros no Brasil visto que os hospitais estão a rebentar pelas costuras e o número de mortos tem aumentado de tal maneira que foram criadas valas comuns.

De acordo com os dados do Governo federal, o Estado do Amazonas regista mais de 6600 casos de infecção e mais de 500 mortos devido à pandemia de Covid-19.

Danicley Aguiar, porta-voz da campanha da Amazónia do Greenpeace Brasil, fez o ponto da situação no Amazonas cujo sistema hospital da capital, Manaus, entrou em colapso.

A cidade de Manaus já tem lotação máxima nas suas UTI - Unidades de Terapia Intensiva -, o sistema colapsou praticamente. O sistema de saúde do Estado do Pará também já entrou quase totalmente em colapso. Os dois maiores sistemas de saúde da Região, do Estado do Pará e do Estado do Amazonas estão à beira do colapso, então imagine o que vai acontecer com os Estados menores. É fundamental a gente contar com a solidariedade de todo o Brasil mas também da comunidade internacional porque o que se avizinha no futuro da Amazónia é bastante preocupante”, frisou o porta-voz do Greenpeace.

Para Danicley Aguiar é complicado viver nesta zona do país sem sentir um certo desconforto com a situação que vivem os indígenas: “A gente tem respeitado todas as medidas sanitárias, a quarentena, o distanciamento social, e tentado de toda a maneira nos proteger e proteger aqueles que nos cercam. Mas é difícil para a gente que trabalha com povos indígenas, para nós que trabalhamos com os povos da floresta, assistir a esta situação, porque são esses povos, essas populações mais vulneráveis que não têm sequer como se defender, que estão na mira da pandemia. Nós podemos perder milhares de vidas indígenas da Amazónia, milhares de vidas de camponeses, se nada for feito, então é desconfortável para a gente que está aqui”, admitiu o porta-voz da campanha da Amazónia do Greenpeace Brasil, que se encontra na cidade de Santarém no Norte do país.

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Danicley Aguiar, porta-voz da campanha da Amazónia do Greenpeace Brasil

Recorde-se que no mundo inteiro, a pandemia de Covid-19 provocou mais de 259 mil mortos e já contaminou quase 4 milhões de pessoas.

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