EUA: Protestos pós-eleitorais acompanham suspense da contagem dos votos
Numa altura em que o candidato democrata Joe Biden parece mais próximo da vitória, com 264 grandes eleitores de acordo com as projecções, aumentam as manifestações a pedir a recontagem de votos. Donald Trump falou em “fraude” e a sua campanha decidiu avançar com processos judiciais na Pensilvânia, Michigan e Geórgia e pedir uma recontagem no Wisconsin.
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Cerca de 50 detenções para interrogatório em Nova Iorque, e várias detenções em Atlanta, Detroit e Oakland à margem de manifestações para exigir a recontagem dos votos.
Em Detroit, no estado do Michigan, dezenas de apoiantes de Trump gritaram "Parem a contagem!", com polícias em fila para impedir a entrada no edifício onde são contados os boletins. De acordo com a Associated Press, o democrata Joe Biden teria ganhado no estado do Michigan, conquistando 16 grandes eleitores e somando, no total, 264 grandes eleitores, a apenas seis da vitória.
Também dez pessoas foram detidas em manifestações pós-eleitorais esta noite em Portland, no estado do Oregon, onde a governadora Kate Brown pediu à Guarda Nacional para acabar com o que chamou de “violência generalizada”. Durante meses, a cidade foi palco de protestos contra o racismo.
Donald Trump e a sua equipa de campanha falam em “fraude” e reclamam a interrupção da contagem de votos em vários estados onde Joe Biden está em vantagem.
Em Phoenix, no Arizona, apoiantes do Presidente cessante, alguns armados, juntaram-se numa mesa de voto depois de rumores infundados de que haveria boletins a favor de Trump a ser deliberadamente excluídos da contagem. Em frente às mesas de voto ouviram-se cânticos de "Parem o roubo", com um membro da Câmara dos Representantes, o republicano Paul Gosar, a juntar-se à multidão, dizendo: "Não vamos deixar que esta eleição seja roubada".
Enquanto apoiantes de Donald Trump continuam a exigir o fim da contagem dos votos antecipados e enviados pelo correio, que deverão favorecer o candidato democrata Joe Biden, milhares de manifestantes saíram às ruas, de Nova Iorque a Seattle, para exigir que todos os boletins sejam contados.
Em Chicago, no centro da cidade, perto do edifício Trump Tower, também houve protestos a reclamar a contagem de todos os votos.
Protestos semelhantes tiveram lugar em pelo menos meia dúzia de cidades, incluindo Los Angeles, Houston, Pittsburgh, Minneapolis e San Diego, de acordo com a agência de notícias Associated Press (AP).
As manifestações surgiram depois de Trump ter afirmado, sem provas, que haveria problemas com a votação e a contagem dos votos, tendo apresentado queixa em três estados por causa das eleições presidenciais.
A campanha de Donald Trump decidiu avançar com processos judiciais na Pensilvânia, Michigan e Geórgia, para tentar interromper a contagem de votos, numa altura em que a vitória de Joe Biden parece cada vez mais próxima.
As últimas projecções apontam para 264 delegados para Biden, contra 214 de Donald Trump, quando falta apurar quatro estados – Nevada, Pensilvânia, Carolina do Norte e Geórgia. Para chegar à Casa Branca são precisos, pelo menos, 270 delegados do colégio eleitoral.
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