Estados Unidos: Biden aproxima-se da Casa Branca
De acordo com a CNN, na Geórgia e na Pensilvânia, onde ainda decorre a contagem, Joe Biden teria ultrapassado Donald Trump. A contagem nos estados decisivos aproxima-se do fim, mas as margens são muito estreitas. À medida que Biden se aproxima da Casa Branca, Trump voltou a dizer – sem provas – que está a ser vítima de “roubo” na eleição.
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Até esta sexta-feira de manhã, o candidato democrata, Joe Biden, tinha entre 253 e 264 votos – 264 segundo as projecções da Associated Press e da Fox News, que já puseram o estado do Arizona e os seus 11 votos do Colégio Eleitoral na coluna de Biden; 253 segundo outros jornais, canais de televisão e agências de notícias. De acordo com a Associated Press, faltam apurar os votos em quatro estados-chave: Nevada (6 grandes eleitores), Carolina do Norte (15 grandes eleitores), Geórgia (16) e Pensilvânia (20).
De acordo com a CNN, na Geórgia e na Pensilvânia, Biden está com vantagem sobre Trump.
O estado da Pensilvânia poderá terminar com o suspense. Se Joe Biden vencer neste estado industrial, que conta 20 grandes eleitores, será declarado 46° Presidente dos Estados Unidos. Com os 20 grandes eleitores, Joe Biden ultrapassaria o número 270, que constitui a maioria do colégio eleitoral, e carimbaria a passagem para a Casa Branca.
A vantagem inicial na Pensilvânia de Donald Trump na noite da eleição foi sendo reduzida à medida que os votos enviados por correio iam sendo contados.
Na Geórgia, também a contagem está taco a taco e o estado anunciou que vai haver recontagem dos votos.
Ao contrário do que avança a Associated Press e a Fox News, a projecção no Arizona poderá afinal cair para o campo republicano, de acordo com o jornal Le Monde.
Trump retirado do ar em directo
Esta quinta-feira, o candidato republicano, Donald Trump, denunciou, na Casa Branca, que está a ser vítima de “roubo” na eleição, sem apresentar provas. “Estão a tentar roubar a eleição”, declarou o Presidente cessante durante um discurso de 15 minutos, no qual vários canais de televisão americanos interromperam a difusão devido às acusações de fraude sem provas. “Se contarem os votos legais, ganho facilmente. Se contarem os votos ilegais, eles podem tentar roubar-nos a eleição”, afirmou.
Os canais MSNBC, ABC News e NBC News decidiram interromper a difusão, considerando que Trump estava a desinformar. A CNN manteve o discurso no ar mas o jornalista Jake Tapper falou em “um rol de mentiras” e declarou: “Que triste noite para os Estados Unidos da América ver o seu Presidente (...) acusar as pessoas, de forma falsa, de lhe tentarem roubar a eleição”.
Horas antes, no Delaware, Joe Biden pedia, em discurso, às pessoas para ficarem calmas: “Peço a todos para manterem a calma. O processo funciona, a contagem está a terminar e saberemos, em breve, o resultado. Não temos dúvida nenhuma que quando a contagem estiver terminada (...) seremos declarados vencedores”.
O recurso à justiça
Nos Estados onde Donald Trump está atrás de Joe Biden, os militantes gritaram “Parem o voto!”, pedindo a anulação dos votos não contados no dia da eleição. O Presidente cessante tinha declarado, na primeira noite pós-eleitoral que tinha ganho e que iria recorrer ao Supremo Tribunal.
A sua equipa de advogados recorreu aos tribunais, pedindo, por exemplo, a recontagem no Wisconsin. No Michigan e na Geórgia, dois juízes rejeitaram os recursos republicanos.
Porém, os recursos podem atrasar, de vários dias ou semanas, a confirmação dos resultados. Uma das batalhas é, precisamente, na Pensilvânia, onde as autoridades foram surpreendidas pelo afluxo volumoso de votos recebidos por correio. Entretanto, um juiz federal rejeitou o pedido de emergência apresentado pela campanha de Trump para suspender a contagem de votos na Pensilvânia.
Várias personalidades políticas e familiares de Trump fizeram acusações de fraudes massivas, alimentando manifestações e contra-manifestações a favor e contra o Presidente cessante.
Acompanhe aqui os resultados em directo.
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