Manifestações anti-passe sanitário e vacinação obrigatória em França
Vários milhares de pessoas manifestaram-se em França contra o passe sanitário e a vacinação anti-covid-19 obritagória, que permitirá o acesso aos lugares públicos como teatros, cinemas, restaurantes e outro recintos de lazer. Em Paris decorreram protestos em três bairros diferentes onde pessoas ligadas ao movimento dos "Coletes Amarelos" gritaram que não queriam ser ratos de laboratório.
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Milhares de pessoas protestaram neste sábado em França contra as medidas sanitárias, visando conter um novo surto epidémico de Covid-19, devido à virulenta variante Delta, que tem obrigado vários países a decretar cada vez mais restrições.
Em França, com destaque para Paris, onde os Coletes Amarelos reapareceram no bairro da Bastilha, e na cidade de Marselha, alguns milhares de pessoas manifestaram-se contra a extensão do passe sanitário e a vacinação obrigatória para determinadas categorias profissionais, entre as quais o pessoal médico.
Este sábado teve lugar o segundo dia de protestos contra as novas medidas anti-Covid em França, em nome da "liberdade", de acordo com Florian Philippot, líder do partido " Os Patriotas" e ex-número dois da Frente Nacional de Marine Le Pen, partidos da extrema-direita.
Segundo imagens transmitidas pelo canal de informação, BFMTV, no centro de Paris, registaram-se recontros entre manifestantes e forças da ordem, num dos protestos organizado na capital francesa.
Decorreram igualmente manifestações de protesto nas cidades de Lyon, Lille e Nantes. Os manifestantes insurgem-se também contra o projecto de lei relativo à "adaptação dos instrumentos de gestão da crise sanitária", em debate no Parlamento.
A lei em debate, contestada no decurso dos protestos de hoje alargará a necessidade de um passe sanitário para o acesso aos lugares públicos, atrás mencionados( cinemas, restaurantes,bares,teatros, discotecas,ginásios), assim como pessoal médico.
Segundo o Ministério do Interior francês, os protestos levaram às ruas 161.000 manifestantes, dos quais 11.000 em Paris.
Protestos contra as restrições sanitárias tiveram lugar igualmente na Austrália em Melbourne e Sydney, onde ocorreram confrontos entre a polícia montada e os manifestantes, que lançaram vasos de flores e garrafas contra as forças da ordem.
Em Sydney, capital económica da Austrália, as autoridades decretaram um novo confinamento dos habitantes por um mês.
Novas restrições vão ser aplicadas também na Alemanha a pessoas, que regressem de viagem turística da Espanha.
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