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Ucrânia

Começou o primeiro julgamento de um militar russo por 'Crimes de Guerra'

Começou hoje em Kiev o primeiro julgamento por 'Crimes de Guerra' desde o início da invasão russa da Ucrânia em finais de Fevereiro. O réu é um jovem soldado russo acusado de ter executado um civil ucraniano desarmado. 

O sargento russo Vadim Chichimarin, 21 anos, no primeiro dia do seu julgamento por crime de guerra em Kiev, neste dia 18 de Maio de 2022.
O sargento russo Vadim Chichimarin, 21 anos, no primeiro dia do seu julgamento por crime de guerra em Kiev, neste dia 18 de Maio de 2022. AP - Efrem Lukatsky
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Vadim Chichimarin, 21 anos, reconheceu ser culpado da morte de um civil desarmado de 62 anos no dia 28 de Fevereiro de 2022 numa aldeia do noroeste da Ucrânia. Segundo a acusação, ele abateu o civil para não haver testemunhas do roubo de veículo que tinha acabado de cometer juntamente com outros membros da sua unidade. O jovem militar incorre uma pena de prisão perpétua.

Isto acontece numa altura em que, no terreno, o seu país reinvidica uma vitória em Mariupol no sudeste da Ucrânia. Segundo Moscovo, nas últimas 24 horas, cerca de 700 combatentes ucranianos, entre os quais 80 feridos, que estavam barricados na unidade industrial de Azovstal entregaram-se à forças russas. No total ascendem a quase mil os combatentes ucranianos que terão deixado as armas desde segunda-feira. Contudo, segundo referem as forças pro-russas no terreno, ainda subsistem outros mil combatentes na unidade de Azovstal.

Entretanto, no aspecto político, numa altura em que as conversações entre Kiev e Moscovo estão suspensas, o Kremlin acusou hoje a Ucrânia de "ausência total de vontade de negociar". Paralelamente, a Rússia anunciou igualmente a expulsão do seu território de dezenas de diplomatas ocidentais, nomeadamente 24 italianos, 27 espanhóis e 34 franceses em resposta a medidas semelhantes tomadas por estes países. Paris "condenou firmemente" esta decisão, à semelhança de Madrid que expressou o seu "repúdio", sendo que a Itália falou em "acto hóstil".

Igualmente esta quarta-feira, em Bruxelas, a Comissão Europeia propôs à Ucrânia um empréstimo podendo ascender a 9 mil milhões de Euros para este ano, através de um mecanismo excepcional que pode ser activado pela União Europeia a favor de países vizinhos confrontados com graves problemas de finanças. A Europa - refira-se-  já mobilizou até à data um pouco mais de 4 mil milhões de Euros para apoiar a Ucrânia em termos económicos, sem contar a sua ajuda militar que avizinha os 2 mil milhões de Euros.

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